30.11.08

O terror é...

FEELINGS of a Chinese scribe who stayed at the Taj
By Li Xing (China Daily)
Updated: 2008-11-28 08:50

"The beautiful and stately Taj Mahal Hotel has played host to countless heads of state, and it was here that President Hu stayed when he visited Mumbai. He delivered a keynote speech, encouraging Chinese and Indian entrepreneurs to cooperate for the mutual economic growth of their countries.

It was at this hotel that Hu met with the sister and other family members of Dr Dwarkanath Kotnis, who sacrificed his life helping us Chinese fight the Japanese invaders during World War II.

So seeing dark plumes of smoke billowing out of the windows of the heritage hotel welled up an indescribable feeling of sadness within me. Seeing the southern part of Mumbai battered made me feel as one of the invisible victims of mindless violence, for I have wandered its streets and neighborhoods for hours.

The images are still vivid. After walking out of the Taj's main entrance, I found myself facing the sea. The Gateway of India stood witness to a part of India's long history. This is a favorite haunt of international tourists and Indian tourists, where they converge for that keepsake photograph.

From there, I walked northward, passing by a statue of Swami Vivekananda, a great thinker revered by Indians. Near a huge banyan tree, I found myself among scores of students of Bombay University who were shuttling between classes. (The university retains its old name even after the city underwent a name change.)

As I walked further, I passed by shops, restaurants, banks a primary school and several residential compounds punctuated with small gardens at street corners. I saw local people going about their business - white-collar employees, teachers, students or business people.

That part of Mumbai showcases a booming metropolis in commercial, economic and cultural terms, where people are proud of their urbanity and sophistication.

As I see (on TV) those very shops and establishments closed and the area under siege, I can't help praying for the safety of all who live and work there, in other parts of Mumbai, the rest of India and the world beyond."

[O terror é ter apanhado um comboio nesta estação


e tomado uma cerveja no Leopold's de Colaba


e saber que podia ser eu, que podias ser tu, que podíamos ser nós...]

Etiquetas:

29.11.08


O Procastinador Implacável; Gato Fedorento

27.11.08

Retratos da Festa do Avante 2008




[A minha versão do beijo, de Doisneau;)]

Fotos: PB

Etiquetas: , , ,


Robert Doisneau
Kiss by the Hotel de Ville; 1950

Etiquetas:

pensamento do dia

O que eu queria agora era um grande encaixe financeiro. Isso e uma febra.

26.11.08


FEELING good, feeling lost in translation

Etiquetas: ,

pensamento do dia

É preciso levar a sociedade a sério, mas não demasiado.

Ernest Junger

24.11.08

Visões de Macau (1)



Fotos: Hoje Macau

Etiquetas: ,

23.11.08

"O motor do frigorífico começou a trabalhar, supôs que fosse um táxi. No andar de cima abriram uma porta, confundiu com a sua porta. Ouviu passos no corredor. Estava nu, sobre a cama, e dizia: 'É preciso aprender a ficar sozinho. Repetiu a frase durante muito tempo. Quis adormecer. Passaram horas. Levantou-se, foi à casa de banho, mexeu numa torneira. Abriu a janela. Voltou a deitar-se, apagou a luz. Repetiu, enquanto esperava o sono, às vezes a meia voz e outras vezes aos gritos: 'É preciso aprender...', etc. Lembrou-se que poderia encontrar amigos a essa hora. Passou a mão sobre o auscultador.
Vestiu-se. Subiu a rua, várias ruas. Olhou, da porta, as inúmeras mesas de diferentes bares. Regressou a casa. Desceu o caminho, entrou no prédio. Disse duas vezes em voz alta no elevador: 'É preciso aprender a ficar sozinho'. Em casa contemplou os diversos lugares e objectos. Sentou-se num cadeirão ao canto da sala. Encostou a cabeça para trás. Por fim chorou, juntando as mãos frente ao peito."

[José Amaro Dionísio, em O Nome do Mundo, pág. 29]

Etiquetas:

21.11.08

pensamento do dia

SE existe o caravela
é por haver clientela

14.11.08

pensamento do dia

NUNCA se tem a noção de que é a última vez.

12.11.08

pensamento do dia

PASSAMOS muito tempo à procura de algo e quando o conseguimos desejamos nunca o ter alcançado.
"SOLIDÃO é uma palavra obscena. É mesmo a única palavra irremediavelmente obscena de que já ouvi falar. Cheira a atropelos, pudor,, colhões, e tenho medo. Medo - um homem pode dar por si a cometer crimes sem grandeza. Assassinar, por exemplo. Princípios superlativamente adolescentes."

[José Amaro Dionísio, em O Nome do Mundo, pág. 213]

Etiquetas:

11.11.08


A beleza do jogo (2)
"WHEN we focus only in our own requirements and disregard the needs and interests of others, we are likely to provoke hostility. This is especially true when we view our own happiness and needs predominantly in terms of material wealth and power. All human beings yearn for freedom, equality and dignity, and have a right to achieve them. Therefore, in today's shrinking world the acceptance of universally binding standarts of human rights is essencial.
I do not see any contradiction between the need for economic development and the need to respect human rights. The right to free speech and association is vital in promoting a country's economic development. In Tibet, for exemple, there have been instances where unsuitable economic policies have been implemented and continued long after they have failed to produce benefits, because citizens and government officials could not speak out against them. And it is the same elsewhere."

[Declarações do Dalai Lama, em The World in 2008, China special edition, da revista The Economist]

Etiquetas:

10.11.08

pensamento do dia

TU bardamerda e eu para casa ver a roda da sorte do herman josé

a ascensão da China

"CHINA will continue to overtake America in all sorts of fields. In 2008 Chinese demand will for the first time become the main driver of world economic growth, with the increase in its domestic spending in current dollar terms contributing more to global growth than American domestic demand. china will overtake America as the country with the largest number of internet users. But there is one crown that America will be glad to lose: China will become the world's largest emiter of greenhouse gases in 2008. However, America's emissions per person are still more than four times China's.
If the share prices in Shangai continue to soar ans more Chinese companies carry out IPO's, it will push China's total stockmarket capitalisation ahead of Japan's and second only to America's. chinese firms will increasingly dominate international corporate rankings. Already, by late 2007, three of the world's six biggest companies by market capitalisation were chinese."

[em The World in 2008, China special edition, da revista The Economist]

Etiquetas: ,

8.11.08

7.11.08

(clique para aumentar)

Etiquetas:

"O meu ponto era de que, mesmo que não tenhamos expectativas por aí além do mandato do Obama (e eu não as tenho), Terça-feira foi um momento de um simbolismo único e marcante.

Tal como foi simbólico o momento em que senhora não sei quê (que morreu o ano passado ou lá o que foi. Rosa Banks?) decidiu que estava demasiado cansada e não fazia sentido ficar de pé quando havia tantos lugares vazios na parte do autocarro destinado aos brancos. Ela não tinha nenhuma intenção de iniciar o movimento de direitos civis, e a verdade é que a senhora não liderou esse movimento de forma alguma.

Tal como foi simbólico quando o Neil Armstrong pôs o pé no cenário que representava a lua. A alunagem em si não acrescentou grande coisa ao mundo ou à ciência. Mas não deixou de ser um momento histórico pelo seu simbolismo (ou simbólico pela sua historicidade. ..). Por duas razões:

1. Pelo processo até lá chegar. Ou seja, a alunagem em si não acrescentou nada à ciência. Por outro lado, o esforço tecnológico necessário para o conseguirmos fazer deu impulso brutal à ciência e à tecnologia, com implicações em muitas outras áreas, essas sim, com impacto no nosso dia-a-dia.

Traçando um paralelismo, não é que a eleição do Obama vá necessariamente mudar alguma coisa. Mas o processo que culminou com esta eleição mudou muita coisa para melhor em diversos níveis. Em 40 anos ou pouco mais, os negros nos EUA passaram de um estado semi-escravo para cidadãos ao nível de todos os outros, capazes de chegar ao supostamente mais importante cargo que existe no mundo (sublinho supostamente porque, conhecendo-te, a seguir vais escrever um e-mail de 50 linhas a provar-me que isso não é verdade necessariamente, como se eu não soubesse).

2. Pela mensagem. Na alunagem, o céu deixou de facto de ser o limite. A humanidade enquanto um todo passou a ser capaz de fazer as coisas mais... bom, lunáticas. Nós enquanto espécie, transcendemos os limites mais inimagináveis e saimos do nosso próprio planeta pelos nossos próprios meios. Não há nada que não possamos querer fazer e que, se assim quisermos e pusermos o esforço por trás, não consigamos fazer. (claro, que isso também tem um reverso da medalha, pois fez-nos acreditar que não estamos dependentes de nada e que pomos e dispomos dos recursos do universo. E daí todos os temas de má gestão dos recursos planetários, aquecimento global, extinção em massa de espécies, etc.)

No caso do Obama, acho que representa talvez o ponto mais alto do "sonho americano". Que não é apenas americano e que na verdade, é bem mais europeu do que americano (ao contrário da Europa, os presidentes dos EUA, até hoje, sempre pertenceram às elites das elites). Não há nada a partir de agora que o "homem da rua" não consiga fazer. Se um negro chega a presidente.. . bom, meus amigos, acabaram-se as desculpas. Com suor e lágrimas e talento, não há posição nenhuma no mundo ocidental que não esteja ao alcance de qualquer pessoa, seja qual for o seu nome (o novo presidente dos EUA tem como outros nomes Barack e Hussein), credo, origem (a avó dele ainda vive no Quénia, numa aldeia ou lá o que é), raça, cor, orientação sexual, clube de futebol.

E por isso tudo, Terça foi para mim um dia histórico. Tudo o resto de bom que o Obama possa vir a fazer, para mim será lucro."

[Outro mail do amigo referido em baixo]

Etiquetas:

6.11.08

pensamento do dia

O silêncio alimenta-se a ele próprio e quanto mais tempo for mantido, mais difícil se torna encontrar alguma coisa para dizer.
Samuel Johnson

5.11.08

Etiquetas:

"HOJE estou-me nas tintas se ele tem a experiência necessária, se as suas ideias para a economia são frequentemente demagógicas, se tanta eloquência me parece às vezes de uma vaidade excessiva.

Hoje é um dia histórico. Os EUA elegeram um presidente negro.

Há pouco mais de 40 anos, os negros nem votar podiam.

Amanhã ele pode fazer toda a merda que quiser e, com alguma probabilidade, fá-lo-á (claramente não faço parte do grupo de crentes de que ele vá ser o novo JFK - aliás, eu nem faço parte dos que acham que o JFK foi o supra-sumo da batata). Mas hoje ele representou uma mudança de era.

Na minha vida consciente, acho que há apenas 2 momentos de maior significância: a queda do muro de berlim e o ataque às torres gémeas. Ah, e claro, a reconciliação entre a Cinha Jardim e a Paula Bobone..."

[Mail que recebi hoje de um amigo]

Etiquetas:

AGORA, as editoras maiores, como a D. Quixote, já fazem uma espécie de trailers cinematográficos dos principais livros que vão lançando.

Etiquetas:

4.11.08

receita de MEC para fazer jornalismo de qualidade (I would be proud to be a part of that number, but I got there too late)

É verdade que o Independente se fechava à quinta-feira pela noite fora com muitas garrafas de uísquie e cocaína à mistura?
A coca no sentido físico só apareceu na revista Kapa, aí no sexto número. N' O Independente nunca houve. Havia era dinintéis aos caixotes [Dinintel é o nome de uma droga da classe das anfetaminas, vulgarmente denominada de speed, pelos seus efeitos de estimulação do sistema nervoso. Na época era legal, entretanto foi proibida].


E álcool? Alguma vez teve a noção de que fechavam o jornal todos bêbados?
Então não! Quando falas em álcool deves estar a imaginar uma garrafa ou duas ou não sei quê. Eram às caixas, centenas de garrafas, com sacos de gelo! E o Dinintel era às caixas. Na altura era às lamelas. Cada um tomava uma lamela. Toda a gente sem excepção tomava. E depois era quase um saco de gelo por pessoa. Mas não bebíamos qualquer coisa. Eram wiskies irlandeses óptimos, gins, bebidas bem feitas com lima e gelo. Não era como no Expresso. Eram bebidas impecavelmente feitas, com lima, gelo, à maneira!


Na Kapa cometeu ainda mais excessos do que n'O Independente?
No início não. Em termos de álcool nunca mais houve nada como O Independente, que era uma coisa monumental. Dinintéis então, era de facto incrível. A Maria Eugénia, que era a nossa secretária (minha e do Paulo Portas), ia à farmácia e era aos caixotes, não queiras saber! Na Kapa bebíamos, mas era mais irmos a um café, comermos umas torradas e tal.


[Excertos da entrevista de Miguel Esteves Cardoso à revista Sábado desta semana.]

Etiquetas:

3.11.08

pensamento do dia

EU sei que isto foge um bocado ao protocolo, mas FODES?
«NA era dos 'comedy shows', o 'Daily Show' não é apenas mais um. Os estudos indicam que é uma das principais fontes de informação política para os jovens norte-americanos entre os 18 e os 29 anos. O caso é sério, e o 'Project for Excelence in Journalism' (PEJ), um 'think thank' sobre média sediado em Washington, analisou-o à lupa. O estudo traz muitos números e uma conclusão: 'Por vezes o 'Daily Show' faz mais do que humor (...) Cumpre uma função que tem uma natureza próxima do jornalismo - pôr as pessoas a pensar criticamente sobre a praça pública.'
'Não é jornalismo, mas tem elementos jornalísticos', resume Mark Jurkowitz, investigador do PEJ, em declarações ao 'Actual'. 'O Jon Stewart é livre de opinar, brincar, distorcer a realidade, se isso lhe convém, o que é incompatível com as regras jornalísticas'. Por outro lado, embora não tenha que ser imparcial e equilibrado (Stewart tem sido mais duro com os republicanos do que com os democratas - mas ninguém goza mais com Obama do que ele), Jurkowitz nota que 'ele tem a reputação de ser justo com quem lá vai, prepara bem as entrevistas, e a forma como usa as imagens de arquivo é uma técnica jornalística legítima'.
Mais: no 'Daily Show', 'há uma preocupação de 'accountability' e de ir à essência das questões, que os média tradicionais estão a descurar, diz o investigador. 'Os canais de informação têm recorrido muito à técnica de colocar frente a frente pessoas que pensam de maneira diferente e deixá-las discutir. Dizem que isso é equilíbrio e objectividade. Mas não chega, porque o principal objectivo do jornalismo é descobrir o que se passou, distinuir o certo do errado. Às vezes, Jon Stewart cumpre esse propósito melhor do que os jornalistas.'
Walter Dean, jornalista veterano ligado a outro 'think thank' (Committee of Concerned Journalists) vai mais longe: 'Podemos aprender muito com Stewart. Ele usa puras técnicas jornalísticas para descobrir contradições, mostra gravações antigas e actuais, aponta coisas que são mesmo estúpidas, ou escandalosas, e que os jornalistas tendem a ignorar. Em algumas histórias, ele está a trabalhar melhor do que nós. Devíamos ter vergonha', diz ao Actual.
Rodrigo Guedes de Carvalho concorda: a capacidade do Daily Show para 'ir ao que interessa e cortar a treta é uma lição de jornalismo'. O pivô da SIC já 'várias vezes' sentiu que gostaria de fazer perguntas ou pegar numa notícia como Stewart faz. 'Há uma mais valia jornalística no programa que me entristece que tenha passado para o lado do entertenimento: a capacidade de denúncia, de não aceitar o 'bullshit'. O jornalismo tornou-se politicamente correcto. Stewart não tem essa mordaça.
(...)'Para além do talento, ele tem meios que nem todos os programas portugueses juntos conseguiriam', constata Ricardo Araújo Pereira. Não são só os meios, também é o meio: 'Nos EUA há 200 Marcelos e 300 Vitorinos. Cá, se houvesse mais um Marcelo era uma benção. Há 3 meses ninguém sabia quem era a Sarah Palin; cá o Alberto João é o mesmo há 30 anos', lamenta o humorista do Gato Fedoernto, para quem basta esta diferença de dimensão para matar a pretensão de um 'Daily Show' à portuguesa.
(...)De audiências não se queixa Stewart nos EUA. Tanto o 'Daily Show' como o seu derivado 'Colbert Report' têm batido recordes,. Em Setembro, Stewart chegou quase a 2 milhões de espectadores por dia, ultrapassando o programa de Conan O'Brien em canal aberto (NBC).»


[Excertos de um artigo sobre Jon Stewart publicado no suplemento Actual do Expresso da semana passada. Autor: fcosta@expresso.pt]

Etiquetas:

Em Macau: Em Lisboa:
www.flickr.com
This is a Flickr badge showing public photos and videos from BARBOSA BRIOSA. Make your own badge here.
Bookmark and Share