29.10.09



ISTO é de chorar de tão bonito que é. É como naqueles momentos de poesia em que dois se amam sem haver amanhã. O piano e Gould são um só na noite eterna. È preciso já ter vivido muito para poder cantar assim.

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"COMO é sabido, Macau nem sempre foi uma floresta de árvores das patacas, e em tempos idos as famílias chinesas eram mesmo muito pobrezinhas, numerosas, e os irmãos mais velhos começavam a trabalhar novos para sustentar os irmãos e ajudar os pais. Alguns casaram jovens, e constituíram família ainda na flor dos seus 20 anos. Em muitos casos como forma de conquistar a independência, e assim ganharam eles próprios novas bocas para alimentar.

Nos anos 60 e 70 os empregos bem remunerados e a vida comfortável estavam apenas ao alcance de poucos, ora os que trabalhavam para a administração colonial, ora as grandes famílias que podiam mandar os filhos estudar no estrangeiro, ora os grandes comerciantes. Foi nesta época que se deu o grande fluxo emigracional de muitos macaenses para o Brasil, Canadá e Estados Unidos da América, os tais que hoje podemos encontrar nos tais encontros das comunidades macaenses que se realizam em Macau."

Continue a ler esta muito interessante análise no Bairro do Oriente.

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28.10.09

pensamento do dia

THEY are sharping their knifes on my mistakes.

27.10.09

O departamento de língua portuguesa da Rádio Internacional da China (RIC), um dos 59 serviços em língua estrangeira daquela emissora fundada em 1941, está a poucos meses de celebrar o meio século de existência. O vice-presidente da RIC e a coordenadora do departamento lusófono concordam na análise: segundo eles, há uma tendência de expansão do português na China e a língua tem um valor estratégico para Pequim, que usa a rádio para apresentar-se a países que considera importantes desse ponto de vista.

Leia a reportagem que fiz em Pequim.

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26.10.09

pensamento do dia

"Se querem mesmo e eu digo mesmo um grande poeta paguem-me bastante dinheiro e terão o melhor só o melhor se me pagarem mais ainda também despacho qualquer um que vos incomode ou aborreça a mim não me diz lá muito por muito menos já matei uns quantos mas isso é outra história agora estou desempregado preciso do dinheiro estejam à vontade os senhores é que sabem.”
Ricardo Mendonça Marques,
Fragmentos, Estilhaços, Granadas



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23.10.09

NInho de Pássaro


NInho de Pássaro, originally uploaded by BARBOSA BRIOSA.

NInho de Pássaro


NInho de Pássaro, originally uploaded by BARBOSA BRIOSA.

Visitei hoje o fabuloso Ninho de Pássaro, em Pequim.

21.10.09

pensamento do dia

RICARDO is offline and can't receive messages right now.

20.10.09

LISBOA, 27 de Setembro de 2009 - Volto a olhar como um estranho, como um estrangeiro na minha cidade. É como se usasse uma lente magnificadora durante umas fugazes horas. De regresso, após um ano. O olhar fez-se esquisito, de novo. Dura um lapso de tempo e depois volto a observar como se tudo aquilo fosse normal. É normal? Tal como sucedera quando regressei de seis meses na Holanda (ver texto em baixo), entro no metro e vejo as caras de Lisboa. A ignorância e a miséria estampadas nos rostos deprimidos. Uma melancolia quase insuportável numa tarde de domingo como as outras. As exigências vão baixando, um tipo dá por si acostumado a esta violência subliminar. Lisboa, a cidade morta dos domingos, a cidade sem dia útil. Lisboa, "põe-te linda, vamos sair".

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19.10.09

pensamento do dia

SÃO precisos dois para fazer a paz.
John Fitzgerald Kennedy


São precisos dois para foder a paz.
DJ So Big!
PONTO Final fez 18 anos. Veja aqui a história do jornal.

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ATÉ ao dia 6 de Novembro é possível ver de perto e em detalhe, na Doca dos Pescadores, duas centenas de imagens que ilustram o mundo no ano de 2008. A mostra de fotojornalismo World Press Photo apresenta-se na RAEM pela segunda vez, trazida pela Casa de Portugal em Macau, e já está garantido o seu regresso até 2011.

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18.10.09

pensamento do dia

TENHO que lhe dizer

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15.10.09

pensamento do dia

BURCA som sistema

13.10.09

Escutas do CJ

[NO meio de uma discoteca popupar de Lisboa, diálogo entre estranhos, que dançam lado a lado]

- Tens de comer gajas, sabes disso?
- Sim, eu sei.

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12.10.09

pensamento do dia

AS gajas de Lisboa podem até andar despidas com brutas mini saias, no entanto têm uma burca enfiada na cabeça; as mulheres de Coimbra passeiam com as mamas ao léu, mas a sua mentalidade é de xador, as tipas de Braga dizem-me que nem estão a usar calcinhas, mas pensam com o véu negro das suas avós beatas e ávaras. Todas estas se encontram regularmente em casas de fado.

LIE to me

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11.10.09

Escutas do CJ

[Diz uma universitária um pouco bêbada para dois coleguinhas]

- Vocês não gostavam de experimentar carne humana?

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10.10.09

"AMA como a estrada começa."

"Este é o segredo para todos os usos: RAPTO, DESOBEDIÊNCIA. EXALTAÇÃO e MORTE"

Mário Cesariny

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9.10.09


OLHA pra eu aí (com agradecimentos ao Jorge)

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7.10.09

ONE From The Heart

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6.10.09


A simpática e inteligente Agnes Lam foi outra candidata que obteve um bom resultado nas eleições legislativas de Macau. Veja a entrevista que lhe fiz.

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Menino


Menino, originally uploaded by BARBOSA BRIOSA.

4.10.09

A Laura fazia isto no seu caderno

e este acto não tinha outra utilidade senão a de preencher o espaço em branco da página

autografia

(…)M.C. – NÃO é não querer, é não saber. E saber que estamos num país em que não se pode dizer o que realmente interessa. É assim desde o D. Afonso Henriques.

Era uma altura em que a minha gente estava viva. Tanto de amigos verdadeiros como de gente para passar um bocado na cama, tudo isso funcionava, com a polícia a correr atrás, a chatear-me. Também havia maneira de chatear a polícia. E agora, nem polícias nem ladrões. É um deserto.




M.C. – A chamada consideração, não quero dizer glória, consideração literária, ou artística, para mim não tem significado. Nenhum!
Queres ver como é?
Também hás-de ter isso, quando começares a receber grandes prémios, de curta-metragem na Alemanha.
É assim, eu estou assim num pedestal, muito alto, a dizer versos: blá, blá, blá.
Depois está uma data de malta cá em baixo: eeehhhh.
Depois deixam-me ir para casa sozinho.
Isto é a glória literária à portuguesa.
Tá bom?

E não creio que isto que eu estou a dizer seja muito interessante, sabes!?




M.C. – Eu acho que sou um poeta bastante sofrível, numa época em que o tecto está muito baixo. Percebes o que eu quero dizer? Um grande poeta numa época em que não há Anteros, não há Camilos Pessanhas, não há Guerras Junqueiros, não há Pessoas, se quiseres. Compreendes? Há para aí uma data de gente a publicar uma data de livros de poesia, que aquilo há-de ir parar tudo, não sei… muito longe. Há-de ir parar muito longe.

Isto é horrível de dizer. Mas talvez porque os meus poemas, digamos, de amor, a esses poemas nunca falta um condimento muito forte de revolta. É talvez isso que os torna mais fortes e não o miau miau, «daquela triste e leda madrugada, toda cheia de mágoa e de piedade», é o miau miau do gato a quem apertam demais o rabo. Espero que os meus leitores se apercebam disso, não são poemas de amor: «Estavas linda Inês, posta em sossego», são também, não sei, uma espécie de grito. São do contra.


M.C. – Acabou! E não julgues que eu não tenho saudade desse tempo, em que andava pelos cafés ou pelas ruas.
Nunca escrevi um poema em casa, nunca, não me perguntes porquê. Pelas ruas, era como voar. Foi-se!

Não sei se pode aplicar aquela coisa de quando o verbo se faz carne. No princípio era o verbo, mas depois fez-se carne, e ossos, e pessoas. Talvez achasse mais poesia nisso.
Porque de certa maneira os poetas são todos um bocado onanistas. Em vez de estar a dar a queca, como era sua obrigação, estão: ái, ái, dha, dha.

(…)
cesariny

autografia
um filme de miguel gonçalves mendes

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3.10.09

NOS meus diários universitários, para além da descrição quase exaustiva do quotidiano (um traço de personalidade, não querer perder nunca nada?), havia também uma espécie de letras que inventava para músicas, que também imaginava nas madrugadas de leitura, a ouvir a RUC baixinho, para não acordar o vizinho.
Esta escrevi para criticar os pseudo intelectuais que se pavoneavam (e pavoneiam! - há coisas que não mudam) pela Praça de República:

Rap do Psuedo

humanista narcisista
solidário ao contrário
comunista de aviário
onamista universitário

(refrão)
és um pseudo
és um pseudo, ah ahn
wanna be a tropical

de mala a tiracolo
dissecas sobre cultura
e falas para o umbigo
q'precisa de ouvido

(refrão)

de ter lido o Breton todo
e inalar tanto charrinho
hás-de ser surrealista
como vinha na revista

(refrão)

OU este blues

Hei Meu

Hei meu. porquê essa face triste?
Precisas de arranjar uma mulher fixe
(2 voz)"- Não sei porque ando tão triste?
O amor é difícil, se é que existe"

Hei meu, deixa esses blues assim
Devias arranjar mulher boa, vai por mim
Que esteja contigo na noite e no dia
Q'impregne em ti um sentimento de poesia

"Tive mulheres assim, deixá-las foi ruim
E agora estou só, num lamento sem fim"

É apenas um Outono desolado por que estás a passar
Faz frio no vazio, mas vais ver, o sol vai brilhar

(refrão)
Deixa os blues da Carris
Deixa os blues na Carris
Deixa os blues da Carris
Deixa os blues na Carris

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2.10.09

DE volta aos meus arquivos coninbricenses (i.e., ao meu quarto de infância), pego em alguns dos muitos cadernos de diários que escrevi ao longo dos anos. Milhares de páginas, com todo o tipo de observações. Delicio-me a ler alguns excertos, ao acaso. Revelam situações de que já não me lembrava minimamente e é para isso que se escrevem diários, para registar o que o tempo faz evolar. São pueris e, ao mesmo tempo, pertinentes. Por exemplo, dos tempos universitários:

"íamos jogar futebol após a visita à Lusa. Chovia torrencialmente e só havia dois chapéus. Todos encavalitados uns nos outros a atravessar a portagem. O Pedro e o Rodrigo a cantarem hinos de futebol, nós a corrermos e a rasteirarmo-nos e a fugirmos uns dos outros. Depois, no Estádio Universitário, com os putos do Silva Gaio, senti um estranho retrocesso no tempo, como se aquela hora, aquela idade, aquele espaço, tivessem sido meus muito antes daquelas novas pessoas terem surgido na minha vida.
Fui eu que fiquei sempre no mesmo sítio."
(Dezembro de 1996 - Boa verdade, eles foram-se depois embora, como tudo se vai embora de Coimbra, e eu continuei por lá)

"O exercício que hoje se desenrolou na aula de rádio acabou por ser muito interessante. Tratava-se de ir para a cabine e fazer uma apresentação sumária - em 40 segundos - de si próprio, ou de um colega. E poedmos retirar consequências do que é dito, pelo que não é dito:

O Paulo Agostinho apresentou a Ana de uma forma floreada, plena de retórica e de palavras bonitas.

O Pedro foi lacónico, directo, objectivo. Apresentação: altura - 1m74; peso - 67 quilos; idade - 22; religião - nenhuma; interesses - futebol, cinema americano, futebol; clube: futebol clube do porto

O Ricardo foi competente e empático.

Eu fui deliberadamente pouco falador e dúbio.

O Rodrigo foi brilhante no texto, na imaginação, nas reviravoltas. "Agora estou aqui a pensar para onde devo fugir".

O Nélson falou pela negativa. Que não gostava de fazer aquilo e que o fazia só por dever ou obrigação. Que não gostava de hipócrisia, ostentação, capitalismo e de ninguém incondicionalmente.

A Cecília caprichou no texto. Hei-de ver o filme favorito dela: "Les Nuits Folles".

E hei-de ler o livro "O Perfume", de P. Suskind

E a Patrícia Freixo é descendente de uma família indiana."

(Fim de 1996)

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THERE are places I don't remember
There are times and days, they mean nothing to me
I've been looking through some of them old pictures
They don't serve to jog my memory

I'm not waking in the morning, staring at the walls these days
I'm not getting out the boxes, spread all over the floor
I've been looking through some of them old pictures
Those faces they mean nothing to me no more

Chorus:

I travel light

You travel light

Everything I've done

You say you can justify, mmm you travel light

I can't pick them out, I can't put them in this saddle bag

Some things you have to lose along the way
Times are hard, I'll only pick them out, wish I was going back
Times are good, you'll be glad you ran away

Chorus

Do you remember, how much you loved me?
You say you have no room in that thick old head
Well it comes with the hurt and the guilt, and the memories
If I had to take them with me I would never get from my bed
There's a crack in the roof where the rain pours through
That's the place you always decide to sit
Yeah I know I'm there for hours, the water running down my /your face
Do you really think you keep it all that well hid?

No but I travel light
You don't travel light
Everything I've done
It's just a lie, you don't travel light

I'm travelling light
No you don't travel light
I travel light
No, no, you don't travel light
I'm travelling light
You don't travel light
Em Macau: Em Lisboa:
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