15.1.15

POEMAS de Leonel Alves (1921-1982) interessantes para uma reflexão sobre a identidade de certos macaenses:


“Sabem quem sou?
Meu pai era transmontano
Minha mãe china taoista
Eu cá sou, pois, euraseano
Cem por cento macaísta.

Meu sangue tem a bravura
Dos touros de Portugal,
Temperada co’a brandura
Do chinês meridional.

Meu peito é luso-chinês,
Meu génio sino-lusitano,
E toda a minha altivez
Sabe ter um trato lhano.

Tenho um pouco de Camões
E defeitos lusitanos
E nalgumas ocasiões
Pensamentos confucianos”

(...)

“Cabelos que se tornam sempre escuros

Olhos chineses e nariz ariano

Costas orientais, peito lusitano

Braços e pernas finos mas seguros.



Mentalidade mista.

Tem dextreza

No manejo de objectos não pesados

Tem gosto por Pop Songs mas ouve fados

Coração chinês e alma portuguesa.



Casa com a chinesa por instinto

Vive de arroz e come bacalhau

Bebe café, não chá, e vinho tinto.

É mui bondoso quando não é mau

Por interesse escolhe o seu recinto

Eis o autêntico filho de Macau”.

“Sabem quem sou?/Meu pai era transmontano/Minha mãe china taoista/Eu cá sou, pois, euraseano/Cem por cento macaísta. /Meu sangue tem a bravura/Dos touros de Portugal,/Temperada co’a brandura/Do chinês meridional./Meu peito é luso-chinês,/Meu génio sino-lusitano,/E toda a minha altivez/Sabe ter um trato lhano./Tenho um pouco de Camões/E defeitos lusitanos/E nalgumas ocasiões/Pensamentos confucianos”. - See more at: http://jtm.com.mo/opiniao/leonel-alves-pai/#sthash.7BAgTwYV.dpuf
“Sabem quem sou?/Meu pai era transmontano/Minha mãe china taoista/Eu cá sou, pois, euraseano/Cem por cento macaísta. /Meu sangue tem a bravura/Dos touros de Portugal,/Temperada co’a brandura/Do chinês meridional./Meu peito é luso-chinês,/Meu génio sino-lusitano,/E toda a minha altivez/Sabe ter um trato lhano./Tenho um pouco de Camões/E defeitos lusitanos/E nalgumas ocasiões/Pensamentos confucianos”. - See more at: http://jtm.com.mo/opiniao/leonel-alves-pai/#sthash.7BAgTwYV.dpuf
“Sabem quem sou?/Meu pai era transmontano/Minha mãe china taoista/Eu cá sou, pois, euraseano/Cem por cento macaísta. /Meu sangue tem a bravura/Dos touros de Portugal,/Temperada co’a brandura/Do chinês meridional./Meu peito é luso-chinês,/Meu génio sino-lusitano,/E toda a minha altivez/Sabe ter um trato lhano./Tenho um pouco de Camões/E defeitos lusitanos/E nalgumas ocasiões/Pensamentos confucianos”. - See more at: http://jtm.com.mo/opiniao/leonel-alves-pai/#sthash.7BAgTwYV.dpuf

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9.1.15

Q&A – RODRIGO DE MATOS

FANATICS ‘SUFFER FROM RELIGIONITIS’


Macau Daily Times - What was your first reaction to the cold-blooded assassination of your colleagues at French satirical magazine Charlie Hebdo?
Rodrigo de Matos (RM) - Sadly, my first reaction contained everything but surprise, which says a lot about the world we live in. I was very sad knowing that we won’t be seeing new stuff from those cartoonists, whose work I appreciated very much, especially Wolinski’s.
MDT - Charlie Hebdo cartoonists reveled in provocation and took pride in their freedom to poke fun at anyone — be they popes, presidents, public figures or the Prophet Muhammad. Do you believe theirs was a good approach?
RM - Yes, of course. That’s what freedom of speech is about. Agreeing or not with their point of view, to say that they were wrong by expressing it would be the same as agreeing with the savage people who killed them.
MDT - In your work as a cartoonist, what are the limits you set for yourself? Or are there no limits for satire?
RM - There shouldn’t be any limits for satire, beyond those of realizing if our idea is a good or a bad joke. The reasons why something might be offensive for someone are so personal – you can always find someone offended by virtually every joke – that if we start thinking on those terms, there’s a risk of killing all the humor in the world. And what world would that be?
MDT – Cartoonists have become a target for the extremists. Would you say that those radicals suffer from fear of laughter?
RM - They suffer from religionitis (when religion becomes an illness). That disease spreads easily in less intelligent or educated brains, transforming the infected subjects with deadly instruments for some radical groups with very unholy agendas.
MDT – After what happened, do you still believe that pens are mightier than swords?
RM – When you look at the people that die or are imprisoned for drawing cartoons, it’s difficult to say that pens are mightier than swords, but these incidents have the ironic effect of awakening the minds to fight against injustice. Ideas and free speech might not be stronger than guns, but they will prevail for sure. PB

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MY column this week: One fading system?

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6.1.15

2014 Year in Review, Macau.

Bom Ano Novo!
Happy New Year!

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