29.11.09


YOU can shoot the breeze
You can shoot your shit
You can shoot it up
You can shoot from the hip
You can break the rules
You can break your balls
You can break your neck
You can break your back

But you can't break a heart and have it
You can't break a heart and have it
You can't break a heart and have it
You can't break a heart and have it

You can shoot the breeze
You can shoot your shit
You can shoot it up
You can shoot to Berlin
You can break the rules
You can break your neck
You can break your balls
You can break your back

But you can't break a heart and have it
You can't break a heart and have it
You can't break a heart and have it
You can't break a heart and have it

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28.11.09

A viver há seis anos em Macau, a presidente da Peduli, Cindry Purnasari, referiu que o filme de Cecilia Ho, que acompanha as imigrantes no seu regresso às cidades indonésias de Surabaya, Tuban e Jonband, mostra o que impele as mulheres a saírem do seu país. “Quando decidimos vir para outro país, é porque não temos nenhuma escolha. Só as mulheres têm hipótese, os homens não podem imigrar porque não encontram trabalho e são as mulheres que têm de se responsabilizar pelas suas famílias”, disse. Os problemas “irresolúveis” com que se deparam estas imigrantes em Macau fizeram com que Cindry impulsionasse a criação da Peduli, “com o objectivo de ajudar as imigrantes e de as educarmos”.

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pensamento do dia

"SER rico é glorioso."


Deng Xiaoping

27.11.09

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

MUDAM-SE os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís de Camões

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25.11.09

canção de amor

SE estivesses a afogar-te, vinha acudir-te,
embrulhava-te num cobertor e dava-te chá quente.
Se fosse xerife, prendia-te
e fechava-te numa cela com aloquete.

Se fosses uma ave rara, gravava um disco
e ficava a ouvir a noite inteira o teu trilo agudo.
Se fosse o sargento, serias a minha recruta,
e, rapaz, garanto-te, ias adorar a instrução.

Se fosses chinesa, aprendia a língua,
queimava pilhas de incenso, vestia roupas esquisitas.
Se fosses um espelho, invadia as “Senhoras”,
dava-te o meu bâton e punha-te pó-de-arroz no nariz.

Se gostasses de vulcões, seria a lava, em
erupção contínua da minha secreta fonte.
E se fosses a minha mulher, era o teu amante,
porque a Igreja ao divórcio se opõe firmemente.




joseph brodsky
tradução de carlos leite
Cotovia
1995

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24.11.09

As capas do Rodrigo para o PF


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23.11.09

Rescaldo do GP de Macau






AOS 47 anos, Gabriele Tarquini tornou-se ontem no campeão mundial mais velho das competições organizadas pela Federação Internacional Automóvel (FIA), batendo um recorde que anteriormente pertencia ao mítico pentacampeão mundial argentino Juan Manuel Fangio. O italiano sagrou-se na RAEM campeão do Mundo no Campeonato do Mundo de Carros de Turismo da FIA (WTCC), ao conquistar 127 pontos, mais quatro que o seu companheiro de equipa Yvan Muller.
A idade foi, no entanto, um factor desvalorizado por Tarquini, que, fazendo um balanço da época, referiu que “talvez a experiência valha, mas foi uma época muito dura, enfrentando competição cerrada por parte do Yvan e do Augusto Farfus”. E chegou mesmo a brincar com o facto de estar próximo de chegar aos cinquenta anos. Quando um jornalista lhe perguntou-lhe se pretende agora juntar-se à equipa da Ferrari na Fórmula 1, o ex-piloto de Fórmula 1 retorquiu que “talvez seja demasiado novo para conduzir” naquela disciplina do automobilismo.
A boa disposição, em jeito de fim-de-época, reinava na sala de imprensa, com o italiano a confessar que este “foi o seu primeiro fim-de-semana bom” na pista de Macau, que considerou de “muito difícil”. “Em ocasiões anteriores, tinha ido quatro vezes ao hospital”, gracejou. Mas mesmo esta participação começou atribulada, com uma batida e uma nova ida ao hospital para uma análise física de rotina. Motivo para elogios do novo campeão aos mecânicos da SEAT, que “foram fantásticos e reconstruíram o carro” e à própria marca espanhola, que “se tornou na equipa a bater”.
Yvan Muller, que chegou a Macau com boas hipóteses para reter o seu título mundial, era um piloto conformado “Tentei fazer o meu melhor, infelizmente não conteceu, mas Tarquini é um bom competidor, há muito respeito entre nós e ele é um bom campeão do mundo”.
Referindo-se à interrupção a 3 voltas do fim, causada por um aparatoso acidente que envolveu o carro do piloto de Macau André Couto, Muller declarou que as voltas que ficaram por correr poderiam ter feito a diferença: “Claro que prejudicou, em 2007 gostaria de ter três voltas a menos também [quando Muller perdeu o título para o BMW de Andy Priaulx, também em Macau, devido a uma falha na válvula de combustível que aconteceu quando liderava, na última volta da corrida]. Não se sabe o que iria acontecer, ele poderia ter batido, ou eu, não se sabe nem vale a pena pensar nisso. Ele é campeão, eu fiquei em segundo, a Seat é campeã, o que é perfeito”, afirmou.

Ganhar mais não chega

Fazendo as contas findo o campeonato, o brasileiro Augusto Farfus, da BMW, foi o piloto que obteve mais vitórias no campeonato (6), mas revelou alguma falta de consistência ao longo da época. “Não me importava de dar as minhas vitórias ao Tarquini e ser eu o campeão mundial, ironizou após ter ganho a última das duas corridas de Macau. “Não fomos sempre o carro mais rápido na pista ao longo da época, houve oscilações”, declarou, lamentando que o objectivo de levar a BMW ao título de construtores não tenha sido alcançado.
O holandês Tom Coronel repetiu o título do ano passado no troféu Independent´s (uma subcategoria para carros que não são de fábrica), o que considerou ser a conquista de “desafio muito difícil, com competição cerrada por parte de Félix Portero”, que ganhou a segunda corrida, mas teve que ir visitar o hospital, após o aparatoso acidente da última volta. “Terminámos todas as corridas, às vezes nos primeiros lugares, fomos regulares”, resumiu o líder da equipa Sunred Engineering, que conduz um Seat Léon.

Monteiro em nono

O português Tiago Monteiro, que ontem ainda rodou em segundo lugar na primeira manga e podia ter subido ao pódio, fechou o campeonato com 44 pontos, no nono lugar, fruto da estratégia da Seat, que desenhou uma prova para ganhar não só o campeonato de pilotos como também o de construtores. Para o piloto, a prova de Macau “foi a melhor corrida do ano, com o comportamento do carro a revelar-se bom, especialmente nos arranques. Monteiro confessou que não teve preferência na luta pelo título entre os “amigos Mulller e Tarquini e afirmou-se satisfeito por conseguir estar na equipa campeã, onde, no entanto, teve “que se resignar ao papel de ajudar o colectivo”.
Para a próxima época, o português não sabe ainda o que vai fazer estando dependente da decisão da SEAT continuar ou não no WTCC. “O mais provável é não continuarem mas ainda está tudo em aberto”, disse Tiago Monteiro, que tem “outras opções” para a sua carreira. “Para o ano, tudo está em aberto, quero competir numa equipa profissional e competitiva”, declarou
Já André Couto explicou que um problema mecânico na primeira corrida prejudicou os objectivos de lutar por um lugar no pódio entre as equipas independentes. O piloto de Macau disse ainda que foi impossível evitar o choque na segunda manga, já que os carros dos seus adversários estavam na linha de trajectória dos pilotos. Na próxima época, Couto deverá continuar a correr nos carros de Turismo no Japão, mas só mais tarde tomará uma decisão relativamente ao seu futuro.
No “paddock”, enquanto a maioria das equipas começava o trabalho de empacotamento de carros e peças de volta para os países de origem, na garagem, da SEAT o clima era de festa, graças ao pelo título de Tarquini e à consagração como equipa mais pontuada no campeonato mundial de construtores.







[texto e fotos: P.B., com excepção da primeira]

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pensamento do dia

21.11.09

We could be so good together
Ya, so good together
We could be so good together
Ya, we could, I know we could

Tell you lies
I tell you wicked lies
Tell you lies
Tell you wicked lies

Tell you 'bout the world that we'll invent
Wanton world without lament
Enterprise, expedition
Invitation and invention


Ya, so good together
Ah, so good together
We could be so good together
Ya, we could, know we could

20.11.09

O Grande Prémio de Macau


PASSARAM 20 anos desde a vitória de David Brabham, que no regresso nostálgico a Macau veio encontrar uma cidade mudada do avesso. Mas o circuito da Guia, com a sua mistura entre sinuosidade e velocidade, continua a ser um desafio tão apelativo como em 1989, diz o piloto. O recente vencedor das 24 Horas de Le Mans deu uma volta de reconhecimento à pista acompanhado por alguns jornalistas. Devagarinho, porque o circuito ainda não estava fechado, mas sempre comentando com entusiasmo e nostalgia as peripécias da sua vitória já longínqua.

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pensamento do dia

NO início foi muito bacano e aí depois foi perdendo um pouquinho de força

18.11.09


O debate, que emula um modelo norte-americano, pretendeu avaliar a capacidade de comunicar, a pronúncia e a divisão correcta das orações. Numa primeira fase foram projectadas fotografias e um elemento de cada equipa era convidado a falar durante dois minutos sobre a imagem. Por exemplo, foi assim que Erica improvisou discurso com base na foto de uma criança empunhando duas pistolas. “As crianças sofrem um abuso de informação por causa dos ‘médias’, uma bebedeira de informações, mas uma criança não tem uma sensibilização muito correcta, a criança pode estar envolvida em crimes.”
Já Estrela, da equipa de alunos visitantes oriundos da Universidade de Pequim que estão a estudar no IPM, comentou desta forma a imagem de um jovem sentado numa retrete com um computador portátil ao colo: “Hoje nós está muito dependentes das tecnologia, por exemplo computador, e há muitas razões para causar este problema, porque hoje em dia há muito stresses e usamos o computador para ver vídeos e ver informações, mas não é uma boa solução porque pode prejudicar a nossa saúde e qualidade de vida, acho que temos que ler mais livros e procurar hábitos mais saudáveis que pode melhorar a nossa vida”.

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17.11.09

Feminismo revisitado

NOS países desenvolvidos, o feminismo levado a extremos é coisa de gajas que queriam ter um pénis. Fufas, destrambelhadas e camaféus, ou perto disso. Gajas que se sentem discriminadas pela falta de falo. É puro ressentimento existencial. As mulheres bonitas (por fora ou interiormente, ou ambos) nunca alardeiam o seu feminismo. Não precisam. São naturalmente femininas e não sentem qualquer rancor ou inveja em relação aos homens. Nem se sentem inferiorizadas, pelo contrário.

16.11.09

" 243 mil famílias em Portugal que não têm nenhuma conta bancária, o que corresponde a 6,3 por cento do total de agregados familiares - são os excluídos do sistema financeiro com impactos sociais. De acordo com o INE, que recolheu estes dados no âmbito de um inquérito sobre as condições de vida e rendimento dos portugueses, 71 por cento destas famílias afirmaram que não tinham contas bancárias por não precisarem, preferindo fazer as suas transacções em dinheiro.

Os restantes 29 por cento estarão assim marginalizados por absoluta falta de capacidade financeira para abrir uma conta à ordem, mas também por estarem impedidos legalmente devido a irregularidades.

No entanto, e ainda de acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO junto do INE, cerca de 51 por cento dos agregados familiares que não têm conta bancária ganharam, em 2007, 4878 euros (406 euros por mês), valor inferior à linha de pobreza relativa.

Este indicador não surpreende o sociólogo Sérgio Aires, director do Observatório da Luta Contra a Pobreza, pois "traduz a realidade portuguesa, onde a percentagem de pobres é muito elevada". A recolha destes dados foi conduzida pelo INE entre Maio e Julho de 2008, mas estão disponíveis, a nível interno, apenas desde Setembro deste ano. As informações são enviadas para Bruxelas, prevendo-se que os dados relativos a todos os Estados- membros sejam disponibilizados em Dezembro. Esta é a primeira vez que a recolha de dados é efectuada desta forma pelo INE, pelo que não há dados comparativos que permitam perceber se houve ou não um aumento deste indicador. Sandra Lopes, de 30 anos, é uma das muitas pessoas que não têm conta bancária. Mãe de quatro filhos, o último dos quais bebé, está desempregada há dez anos."
VEJA O RESTO DO ARTIGO do Público aqui...

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15.11.09

pensamento do dia

DO you feel nothing takes you as far as you could?

13.11.09

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12.11.09



"É o Outono do meu segundo ano em Paris. Fui mandado para cá por uma razão que ainda não consegui compreender.
Não tenho dinheiro, nem recursos, nem esperanças. Sou o homem mais feliz que existe. Há um ano, há seis meses, pensava que era um artista. Agora já não penso nisso: sou. Tudo o quanto era literatura me abandonou. Não há mais livros a escrever, graças a Deus.
E então isto? Isto não é um livro. É líbelo, calúnia, difamação. Não é um livro na acepção corrente da palavra. Não. É um insulto prolongado, uma cuspidela na cara da Arte, um pontapé no cu de Deus, do Homem, do Destino, do Tempo, do Amor, da Beleza...do que quiserem. Vou cantar para vocês. Um pouco desafinado, talvez, mas cantarei. Cantarei enquanto esticam o pernil, dançarei em cima do vosso sórdido cadáver...
Para cantar é preciso primeiro abrir a boca. Há que ter um par de pulmões e um pequeno conhecimento de música. Não é necessário possuir acordeão ou guitarra. O essencial é querer cantar. Isto é, pois, uma canção. Estou a cantar.

É para ti, Tânia, que canto. Gostaria de saber cantar melhor, mais melodiosamente, mas nesse caso talvez nunca consentisses em escutar-me. Tens ouvido os outros cantar e eles têm-te deixado fria. Cantam ou bem demais, ou insuficientemente bem.
(...)
Oh Tânia, onde está agora essa tua cona quente, esses jarretes gordos e pesados, essas coxas macias, bojudas? Há um osso na minha picha com quinze centímetros de comprimento. Mandrilarei todos os refegos da tua cona, Tânia grávida de semente. Mandar-te-ei para casa, para o teu Sylvester, com dor de barriga e o útero virado do avesso. O teu Sylvester! Sim, ele sabe atear um fogo, mas eu sei inflamar uma cona! Disparo raios ardentes dentro de ti, Tânia, deixo-te os ovários incandescentes. O teu Sylvester está agora um bocadinho ciumento? Sente qualquer coisa, não sente? Sente os restos da minha grande picha. Alarguei um bocadinho as margens, alisei os refegos. Depois de mim podes receber garanhões, touros, carneiros, patos, são-bernardos...Podes enfiar pelo cu acima sapos, morcegos e lagartos. Podes cagar arpeggios, se te apetecer, ou passar as cordas de uma cítara de lado a lado do teu umbigo. Fodo-te, Tània, para que permaneças fodida. E se tens receio de ser fodida publicamente, foder-te-ei privadamente. Arrancar-te-ei alguns cabelos da cona e colá-los-ei no queixo do Boris. Cravarei os dentes no teu clítoris e cuspirei moedas de franco."

Henry Miller, Trópico de Câncer

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11.11.09

Montanha de Laoshan


Montanha de Laoshan, originally uploaded by BARBOSA BRIOSA.

Qingdao


Qingdao, originally uploaded by BARBOSA BRIOSA.

Casa do governador alemão -Qingdao

QINGDAO tem uma atmosfera única e quer afirmar-se como uma das capitais mundiais da vela. A cidade portuária possui uma indústria pujante e características naturais e culturais que justificam uma visita. Pode ler a minha reportagem sobre esta pérola chinesa aqui.

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Qingdao


Qingdao, originally uploaded by BARBOSA BRIOSA.

Qingdao


Qingdao, originally uploaded by BARBOSA BRIOSA.

10.11.09

VOLTANDO ao fado de Lisboa, gostei recentemente de ler "A Noite e o Riso", de Nuno Bragança, que começa logo por ter uma das dedicatórias mais lindas que já vi:

"À Carolina Fonseca, que me disse 'boa noite' quando nos despedimos antes de ela morrer"

É um livro irregular, com excertos inspirados:

"'Lisbon is a bum's nightmare; you can only survive it by getting drunk.' Um inglês mo disse, em pleno meio da noite, Cais das Colunas. Tivera eu ido álcool adentro e talvez a cidade me passasse ao lado, desapercebida - peso e dor ocultos remetidos à surdina com que de vez em quando, mesmo em plena euforia de prego a fundo nos gargalos, vinha até mim algo como um uivo ao longe; um soluço pulando na treva silenciosa das ancestrais misérias, e que fica a pairar como uma nuvem cheia de trovões. Ainda aí está, para quem saiba ler no vivo movimento.
Lisboa é triste. Deu por isso quem peregrinou atentamente pelas diversões borga nos becos da Capital, do Império. Melancolias. Não foram poucas vezes em que explodi a rir, como quem chora com quem chora, são-paulatinamente.
Os veteranos: pus-me a pau por causa deles, está visto. Saltado fresco do mês de Maria sussurrado para mais estridentes reinos (Cais do Sodré, Mouraria), dei logo em meter os olhos nos que tinham precedido a minha geração temporal em tais praças de ritmo. Penso neles quotidianamente, arrepiado. E mais resmungo réquies lembrando a moribundação de vários companheiros. Vi: grandes mecos da melhor extracção humana rapidamente sorvidos; contaminação de quem, em vez de fazer vida, deixa que o tempo a esboroe com vagares de um oceano lamentável devorando o litoral.
De começo, tudo risota e toca-a-andar. Éramos muito novos e tínhamos as algibeiras cheias de possível - a única moeda inoxidável pela desvalorização normal. Os veteranos topavam essa distância. Abraços galhofeiros disfraçavam com dificuldade a baba expectante do vampiro recebendo berço com recheio, Eles era sádicos da Espanha: vengan más caballos sempre que o toiro estripa um. Cabalo sim, talvez. Mas devagar. (...)
págs. 143, 144, A Noite e o Riso, Edições D. Quixote

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pensamento do dia


MY dream is to fly over the rainbow so high

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9.11.09


VI estes Pet Conspiracy num festival em Hong Kong. São já uma das bandas mais badaladas da cena rock de Pequim, e deram um grande concerto. Com bom som e uma entrega rara, terminando o concerto quase numa orgia entre as meninas da banda e o público. Fiquei a pensar que já pouco se "rocka" assim no Ocidente. Isso acontecia nos anos 60, quando o rock era subversivo. Hoje quem se está a libertar da ditadura de ideias e do fascismo de gostos (um longo caminho) são os chineses. Como em todos os casos em que houve uma grande opressão, dá-se uma explosão e o rock germina bem nessas situações. Assim como a poesia.

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8.11.09

pensamento do dia

ESCREVO para que não morra aquilo que foi vida

7.11.09

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6.11.09


FIVE years after Dutch filmmaker Theo van Gogh was murdered by a Muslim extremist in Amsterdam, where half the population is of immigrant origin, the city is grappling with social integration.

5.11.09

Nevoeiro

NEM rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer –
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra.


Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...


É a Hora!


[Sim, Fernando Pessoa, isso é tudo muito bonito... É a hora, mas é a hora de quê?]

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4.11.09

É hoje a lançada a publicação “Best in Travel 2009”, da editora de guias de viagem Lonely Planet, que inclui a “Blue List”. Muito antecipada pela imprensa de viagens e turismo, a “Blue List” estabelece um ranking dos dez melhores destinos mundiais para os chamados “viajantes independentes”, que não gostam de viajar integrados em excursões turísticas e têm normalmente orçamentos limitados para os seus périplos. Na lista deste ano estão incluídos locais tão díspares como uma baía recôndita na Tasmânia, a cidade mais a nortenha do mundo e algumas ilhas longínquas. A província chinesa de Yunnan surge entre as seleccionadas, juntamente com outros dois destinos asiáticos, nomeadamente Ko Tao, na Tailândia e Nam Ha, no Laos.



Sobre a província localizada mais a sudoeste da China, o livro refere que “são de encher a alma os pores-do-sol na Garganta do Salto do Tigre, o amanhecer nos arrozais de Yuanyang, o meandros de cidades perdidas no tempo como Lijiang ou Dali, ou o apreciar de uma cerveja gelada em Xishuangbanna, após uma caminhada pela selva”.
Quem visita Yunnan, que faz fronteira com Myanmar, o Laos e o Vietname, costuma fazer um percurso triangular, com partida de Kunming, a capital da província, e passagens por Dali, Lijiang e Zhongdian. Maioritariamente montanhosa, Yunnan é caracterizada pela diversidade das suas fauna e flora. A província é rica em recursos naturais é atravessada por mais de 600 rios e lagos, com vastas zonas de espectaculares caminhos ao longo de íngremes desfiladeiros.



A ilha de Ko Tao, na Tailândia, surge pela primeira vez na lista do Lonely Planet, sucedendo na fama a locais como Ko Samui e Ko Pha-Ngan. Paraíso do mergulho, devido à beleza dos seus corais, Ko Tao é uma ilha muito frequentada por mochileiros, que alia a beleza das praias a uma animada vida nocturna.
Nham Ha, no Laos, é o terceiro destinos asiáticos referenciados nesta lista dos melhores do mundo. Segundo a descrição hoje publicada, o local “tem montanhas, cascatas, planaltos e uma mistura cultural com mais de 30 grupos étnicos”. Há propostas para vários gostos, com os “mais aventureiros a poderem viajar ao longo de percursos na selva, por entre aldeias pitorescas, ou observar animais selvagens, como os leopardos”.

Oceânia

À Oceânia coube em sorte um destino na “Blue List”: a Baía dos Fogos, na Tasmânia. Para o Lonely Planet, trata-se de um local de “praias douradas e mar cor de safira, resguardado e cercado por uma floresta frondosa”. Com boas condições para a prática do surf, a baía “só atraiu a atenção internacional há pouco tempo”. Agora, lê-se no “Best in Travel 2009”, “é a melhor altura para visitá-la”.

Europa

Os apreciadores do Velho Continente têm várias escolhas clássicas recomendadas. Uma delas é a província de Languedoc, na França, referida como “a Cinderela do sul, com cidades charmosas como Montpellier, Sète e Nimes”. Não muito distante, o País basco, em Espanha e na França, é outro dos dez listados, pelas “paisagens dos Pirinéus” e também pela vida nocturna das cidades bascas.
Ainda na Europa, foi escolhida Svalbard, na Noruega. A mil quilómetros do Pólo Norte, trata-se “da única cidade na Europa por onde vagueiam Ursos Polares”. Pela zona, esparsamente povoada, há fiordes, glaciares e “a neve mais pura”. A melhor época para uma visita a estas terras frias é Agosto, sugerem os autores.

América

Parece ter havido uma preocupação na distribuição mais ou menos equitativa dos destinos escolhidos pelos maiores continentes. Tal como a Europa e a Ásia, também a América surge com três locais listados neste “top 10”. São eles Chiloe, no Chile, a Ilha Grande, no Hawai e Santo André e Providência, na Colômbia. O arquipélago de Chiloe foi seleccionado devido à “recentemente inaugurada reserva ecológica e por ali se situar a mais antiga rede de agro-turismo chilena”. Considerado “um arquipélago místico”, tem características pitorescas, onde não faltam aldeias piscatórias, igrejas listadas pela Unesco, ou possibilidades de visitas a colónias de pinguins.
Santo André e Providência são as duas maiores ilhas do arquipélago colombiano situado nas Caraíbas. Embora próximas, têm características diferentes, sublinham os autores do Lonely Planet: “Santo André possibilita passeios em motas de água e viagens a bordo de pequenos submarinos. Providência tem miradouros paradisíacos e hospitalidade genuína”, com menos turistas.
Já a Ilha Grande do Hawai “tem todas as delícias tropicais, inclusive vulcões em actividade, mas é menos frequentada e mais acessível do que destinos vizinhos”. De acordo com o “Best in Travel 2009”, para além da diversidade das praias – há-as de areia branca, mas também de areia preta ou mesmo de areia esverdeada -, há uma multitude de actividades possíveis, tais como passeios de cavalos por entre os ranchos, ou visitas às áreas vulcânicas.

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3.11.09

queria que o meu amor morresse

QUERIA que o meu amor morresse
e a chuva chovesse sobre o cemitério
e sobre mim pelas ruas onde eu andar
chorando aquela que julgou amar-me




samuel beckett
trad. miguel esteves cardoso
as escadas não têm degraus 3
livros cotovia
março 1990

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2.11.09

O Público tem, a partir de hoje, uma nova directora. O primeiro editorial, que não vem assinado, é pesaroso. Reflecte a doutrina de que o jornalismo está em crise.

"A confiança no jornalismo, no entanto, já viveu melhores dias."

E depois, sinal de uma liderança colegial, defende o fim dos editoriais assinados:

"Os editoriais, a partir de hoje, deixarão de ser assinados. Os editoriais expressarão o pensamento desta direcção e deste jornal sobre o mundo que procuramos descrever, compreender e analisar página a página. Não queremos doutrinar nem vender receitas. Queremos interrogar o mundo. Daremos expressão a todos os pontos de vista, mas afirmaremos os nossos. Os editoriais serão escritos pelo novo Gabinete Editorial, composto pela direcção e mais cinco jornalistas do PÚBLICO - Teresa de Sousa, Jorge Almeida Fernandes, Margarida Santos Lopes, Ricardo Garcia e Vítor Costa. Há 20 anos, quando nascemos, foi decidido que os editoriais seriam assinados com base em duas ideias: seriam mais acutilantes e comprometeriam apenas o seu autor. Hoje sabemos que essa ideia original se tornou utópica e que um editorial compromete todo o jornal - é a cara do jornal - e não pode, por isso, ser veículo da opinião de uma só pessoa. Acreditamos, também, que é possível escrever editoriais incisivos, com pontos de vista corajosos e provocadores, que questionem e mobilizem a sociedade. Os novos editoriais do PÚBLICO, são, portanto, textos de opinião do jornal como instituição. A mesma filosofia será aplicada à secção Sobe e Desce."

Ora, eu não acredito, a não ser em questões de princípio, em editoriais não assinados. Cheira-me a jornal de partido, em que todos devem pensar o mesmo. Um editorial nunca reflecte a posição de toda a redacção, visto que dentro da redacção há posições díspares. Mesmo dnetro da direcção as há. Eu prefiro um editorial assinado que analise profundamente uma questão (como eram os de José Manuel Fernandes, concordássemos ou não), do que os editoriais cinzentões do Diário de Notícias, que não são assinados.

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pensamento do dia

GOSTAVA de cagar dinheiro.
Em Macau: Em Lisboa:
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