O Público tem, a partir de hoje, uma nova directora. O primeiro editorial, que não vem assinado, é pesaroso. Reflecte a doutrina de que o jornalismo está em crise.
"A confiança no jornalismo, no entanto, já viveu melhores dias."
E depois, sinal de uma liderança colegial, defende o fim dos editoriais assinados:
"Os editoriais, a partir de hoje, deixarão de ser assinados. Os editoriais expressarão o pensamento desta direcção e deste jornal sobre o mundo que procuramos descrever, compreender e analisar página a página. Não queremos doutrinar nem vender receitas. Queremos interrogar o mundo. Daremos expressão a todos os pontos de vista, mas afirmaremos os nossos. Os editoriais serão escritos pelo novo Gabinete Editorial, composto pela direcção e mais cinco jornalistas do PÚBLICO - Teresa de Sousa, Jorge Almeida Fernandes, Margarida Santos Lopes, Ricardo Garcia e Vítor Costa. Há 20 anos, quando nascemos, foi decidido que os editoriais seriam assinados com base em duas ideias: seriam mais acutilantes e comprometeriam apenas o seu autor. Hoje sabemos que essa ideia original se tornou utópica e que um editorial compromete todo o jornal - é a cara do jornal - e não pode, por isso, ser veículo da opinião de uma só pessoa. Acreditamos, também, que é possível escrever editoriais incisivos, com pontos de vista corajosos e provocadores, que questionem e mobilizem a sociedade. Os novos editoriais do PÚBLICO, são, portanto, textos de opinião do jornal como instituição. A mesma filosofia será aplicada à secção Sobe e Desce."
Ora, eu não acredito, a não ser em questões de princípio, em editoriais não assinados. Cheira-me a jornal de partido, em que todos devem pensar o mesmo. Um editorial nunca reflecte a posição de toda a redacção, visto que dentro da redacção há posições díspares. Mesmo dnetro da direcção as há. Eu prefiro um editorial assinado que analise profundamente uma questão (como eram os de José Manuel Fernandes, concordássemos ou não), do que os editoriais cinzentões do Diário de Notícias, que não são assinados.
"A confiança no jornalismo, no entanto, já viveu melhores dias."
E depois, sinal de uma liderança colegial, defende o fim dos editoriais assinados:
"Os editoriais, a partir de hoje, deixarão de ser assinados. Os editoriais expressarão o pensamento desta direcção e deste jornal sobre o mundo que procuramos descrever, compreender e analisar página a página. Não queremos doutrinar nem vender receitas. Queremos interrogar o mundo. Daremos expressão a todos os pontos de vista, mas afirmaremos os nossos. Os editoriais serão escritos pelo novo Gabinete Editorial, composto pela direcção e mais cinco jornalistas do PÚBLICO - Teresa de Sousa, Jorge Almeida Fernandes, Margarida Santos Lopes, Ricardo Garcia e Vítor Costa. Há 20 anos, quando nascemos, foi decidido que os editoriais seriam assinados com base em duas ideias: seriam mais acutilantes e comprometeriam apenas o seu autor. Hoje sabemos que essa ideia original se tornou utópica e que um editorial compromete todo o jornal - é a cara do jornal - e não pode, por isso, ser veículo da opinião de uma só pessoa. Acreditamos, também, que é possível escrever editoriais incisivos, com pontos de vista corajosos e provocadores, que questionem e mobilizem a sociedade. Os novos editoriais do PÚBLICO, são, portanto, textos de opinião do jornal como instituição. A mesma filosofia será aplicada à secção Sobe e Desce."
Ora, eu não acredito, a não ser em questões de princípio, em editoriais não assinados. Cheira-me a jornal de partido, em que todos devem pensar o mesmo. Um editorial nunca reflecte a posição de toda a redacção, visto que dentro da redacção há posições díspares. Mesmo dnetro da direcção as há. Eu prefiro um editorial assinado que analise profundamente uma questão (como eram os de José Manuel Fernandes, concordássemos ou não), do que os editoriais cinzentões do Diário de Notícias, que não são assinados.
Etiquetas: Jornalismo
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