LISBOA, 27 de Setembro de 2009 - Volto a olhar como um estranho, como um estrangeiro na minha cidade. É como se usasse uma lente magnificadora durante umas fugazes horas. De regresso, após um ano. O olhar fez-se esquisito, de novo. Dura um lapso de tempo e depois volto a observar como se tudo aquilo fosse normal. É normal? Tal como sucedera quando regressei de seis meses na Holanda (ver texto em baixo), entro no metro e vejo as caras de Lisboa. A ignorância e a miséria estampadas nos rostos deprimidos. Uma melancolia quase insuportável numa tarde de domingo como as outras. As exigências vão baixando, um tipo dá por si acostumado a esta violência subliminar. Lisboa, a cidade morta dos domingos, a cidade sem dia útil. Lisboa, "põe-te linda, vamos sair".

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