4.11.08

receita de MEC para fazer jornalismo de qualidade (I would be proud to be a part of that number, but I got there too late)

É verdade que o Independente se fechava à quinta-feira pela noite fora com muitas garrafas de uísquie e cocaína à mistura?
A coca no sentido físico só apareceu na revista Kapa, aí no sexto número. N' O Independente nunca houve. Havia era dinintéis aos caixotes [Dinintel é o nome de uma droga da classe das anfetaminas, vulgarmente denominada de speed, pelos seus efeitos de estimulação do sistema nervoso. Na época era legal, entretanto foi proibida].


E álcool? Alguma vez teve a noção de que fechavam o jornal todos bêbados?
Então não! Quando falas em álcool deves estar a imaginar uma garrafa ou duas ou não sei quê. Eram às caixas, centenas de garrafas, com sacos de gelo! E o Dinintel era às caixas. Na altura era às lamelas. Cada um tomava uma lamela. Toda a gente sem excepção tomava. E depois era quase um saco de gelo por pessoa. Mas não bebíamos qualquer coisa. Eram wiskies irlandeses óptimos, gins, bebidas bem feitas com lima e gelo. Não era como no Expresso. Eram bebidas impecavelmente feitas, com lima, gelo, à maneira!


Na Kapa cometeu ainda mais excessos do que n'O Independente?
No início não. Em termos de álcool nunca mais houve nada como O Independente, que era uma coisa monumental. Dinintéis então, era de facto incrível. A Maria Eugénia, que era a nossa secretária (minha e do Paulo Portas), ia à farmácia e era aos caixotes, não queiras saber! Na Kapa bebíamos, mas era mais irmos a um café, comermos umas torradas e tal.


[Excertos da entrevista de Miguel Esteves Cardoso à revista Sábado desta semana.]

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