30.4.09

pensamento do dia

WHY must all beautiful things die?
I say it's because all life needs to be born. Lili Caneças would say the same...

29.4.09

Ai a gripe suína ai ai


Pachos
na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão, Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha, Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sózinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.

António Lobo Antunes

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ADAPTADO do romance homónimo de Chico Buarque, Budapeste é uma co-produção entre Brasil (Nexus), Hungria (Eurofilm) e Portugal (Stopline Films). A realização esteve a cargo de Walter Carvalho, contando com interpretações de Giovanna Antonelli, Leonardo Medeiros, Ivo Canelas e Nicolau Breyner. O filme estreia brevemente em Portugal.

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28.4.09

"JE suis un inventeur bien autrement méritant que tous ceux qui m'ont précédé; un musicien même, qui ai trouvé quelque chose comme la clef de l'amour. À présent, gentilhomme d'une campagne aigre au ciel sobre, j'essaye de m'émouvoir au souvenir de l'enfance mendiante, de l'apprentissage ou de l'arrivée en sabots, des polémiques, des cinq ou six veuvages, et quelques noces où ma forte tête m'empêcha de monter au diapason des camarades. Je ne regrette pas ma vieille part de gaîté divine : l'air sobre de cette aigre campagne alimente fort activement mon atroce scepticisme. Mais comme ce scepticisme ne peut désormais être mis en oeuvre, et que d'ailleurs je suis dévoué à un trouble nouveau, — j'attends de devenir un très méchant fou."
Arthur Rimbaud, Les Illuminations

Tradução de acordo com o Google Translate:

Eu sou um inventor outra merecedores do que aqueles que me antecedeu, um músico, que encontraram algo como a chave para o amor. Agora, senhor de uma amarga campanha no céu sóbrio, tento passar-me à memória do mendigo crianças, a aprendizagem ou de chegada no tamancos, polêmicas, cinco ou seis viuvez, e alguns casamentos em que minha cabeça não posso forte subida de escalão com os pares. Eu não lamento a minha parte antiga da divina alegria: o ar sóbrio desta amarga campanha muito activamente alimentando meu ceticismo atroz. Mas como este ceticismo não pode agora ser implementado, e que eu também sou dedicada a um novo problema, - Espero tornar-se uma muito má louco

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27.4.09

Depoimento: Helder Fernando

SOUBE que alguma coisa acontecera de importante em Portugal, na manhã desse dia. Era quinta-feira, eu, jovem de 27 entusiasmados anos, tinha estado na véspera, até bastante tarde, a trabalhar na rádio. Quem me deu a notícia foi o gerente do Pigalle, um restaurante no edifício onde morava, hoje um banco. Principalmente quem estava ligado a jornais, rádios e movimentos culturais, tinha consciência que se aproximavam mudanças. O discretíssimo José Craveirinha, um dos mais consagrados poetas moçambicanos, que escrevia um programa de rádio para mim, deixava discretos sinais.
Lembro-me que uma das primeiras decisões foi a abolição da censura prévia nos jornais, nas rádios, nas edições. E, ao mesmo tempo, as primeiras lutas entre jornais diferentemente posicionados. A 26 de Abril já se manifestavam dezenas de partidos políticos e coisas aparentemente semelhantes, logo numa manifestação organizada praticamente ad hoc pelos Democratas de Moçambique, de apoio ao MFA, que alegremente percorreu avenidas da ainda Lourenço Marques, tal como aconteceu em outras cidades. Imediatamente, o jornal “Noticias”, a revista semanal “Tempo” e o Rádio Clube de Moçambique (nome antes da nacionalização em 1975), assumiram editorialmente a defesa da independência moçambicana sob a égide da Frelimo. A sequência de erros viria depois.”
(Recolhido por mim para o Hoje Macau)

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26.4.09

Significados e lições do 25 de Abril para a lusofonia

VENTOS de mudança

Vivido de forma diferente nas várias comunidades lusófonas, o 25 de Abril foi para todos uma pedrada nas águas paradas do Estado Novo. A data prenunciou grandes mudanças para todos os territórios que estavam sob o domínio colonial. Veio uma maior liberdade de expressão, adivinhavam-se as independências, mas também guerras fratricidas.


A “Revolução dos Cravos” pôs fim ao Estado Novo, mas também significou uma viragem definitiva nas politicas colonialistas que o regime de ferro português vinha impondo. Consequência lógica do movimento dos capitães, o fim da guerra nas colónias foi nestas vivenciado de muitas maneiras. Elementos das comunidades lusófonas residentes em Macau defendem que o 25 de Abril precipitou descolonizações mal preparadas, embora a independência seja hoje um factor de orgulho em todos os casos.
Moçambique recebeu Abril com uma mistura de esperança e natural apreensão. “Esperança do emergir de uma nova e pujante nação, ao mesmo tempo uma grave preocupação, uma vez que as informações recebidas eram pouco rigorosas e até contraditórias”, recorda Helder Fernando, locutor da Rádio Macau.
À altura no Teatro Radiofónico do Rádio Clube de Moçambique, Helder Fernando considera que o golpe militar foi recebido com alegria “por todos os que de um lado ou de outro do terreno, combatiam numa guerra imposta, que rejubilaram incansavelmente quando foram informados de que o movimento conduziria ao fim da guerra”.
Em termos militares, o 25 de Abril levou à desmobilização do exército português, que combatia uma guerra em que já não acreditava. Intensificaram-se os ataques da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) às tropas portuguesas, com dezenas de militares portugueses mortos em combate entre Abril e Maio. Algumas companhias militares, presentes em zonas operacionais no Norte, baixaram mesmo as armas. Factos que, de acordo com Helder Fernando, levaram à “euforia das populações sacrificadas” e também a que “uma fatia importante da população que vivia em Moçambique, principalmente a população branca, mas não só, sentisse com enorme apreensão a ainda desconhecida transformação que se aproximava rapidamente”.
Nos primeiros meses pós 25 de Abril verificaram-se várias indefinições nos centros de decisão, , sobretudo nas forças policiais e militares, “mas não um vazio de poder”, argumenta o locutor. Ao governador-geral imposto por Lisboa sucederam-se, de rajada, três outros governadores em cerca de 4 meses, até serem assinados (em 7 de Setembro de 1974) os acordos de Lusaka, de acordo com os quais as autoridades portuguesas reconheceram formalmente o direito do povo de Moçambique à independência, acordando com a Frelimo a transferência de poderes.
Mas nem tudo foram rosas no pós 25 de Abril moçambicano. Se havia racismo no sistema colonial, a emergência de um regime politico democrático na então “metrópole” não significou o fim das discriminações. Pelo contrário, recorda Adérito Sampaio: “Comecei a sentir-me marginalizado por ser mulato, chegaram a haver situações de humilhação pública, como quando me expulsaram de um autocarro apenas pela cor da minha pele. Nos tempos posteriores a Abril de 74, prevaleceu esta situação, o próprio presidente Samora Machel disse que os mulatos eram como os camaleões, que no tempo dos brancos queriam ser brancos e no tempo dos pretos pretendiam ser pretos”.
A expectativa de Adérito Sampaio era que a tropa portuguesa permanecesse no território mais dois ou três anos após Abril de 1974 “para estabilizar a situação”, mas rapidamente começou a debandada dos militares lusos e os quartéis foram ocupados por forças da Frelimo. Fruto dos tempos que se viviam no mundo, ganhou preponderância uma tendência politica de extrema esquerda. “Queriam apropriar-se da propriedade privada, dos carros e das casas das pessoas. Não havia uma autoridade que impedisse esse saque e a malta começou a sentir-se insegura. Ninguém passeava, as pessoas tinham medo de ser roubadas. A Frelimo não tinha quadros com cultura suficiente para lidar com a situação”, lembra o moçambicano. O resultado foi o caos e a guerra civil, cujos sinais se começaram a antever em episódios violentos como o que Adérito presenciou na Beira, onde vivia, quando, em 25 de Setembro de 1974, uma escaramuça entre elementos da extrema esquerda e grupos mais moderados resultou em vários mortos. Desiludido com o caminho do seu país, Adérito emigrou para Portugal e depois para Macau, onde está desde 1992. Actualmente empregado no aeroporto de Macau, nunca quis regressar à pátria.

Angola: lufada de esperança



Em Angola já havia uma certa expectativa relativamente à probabilidade de um golpe em Lisboa que viesse mudar as cartas em jogo, recorda o Cônsul Geral de Angola em Macau. “Tinha estado a falar com um primo sobre a intentona das Caldas, apontando para a hipótese do estabelecimento militar alterar a ordem pública do poder em Portugal. Ele não acreditou nessa possibilidade, mas uns dias depois aconteceu a revolução”, recorda Rodrigo Pedro Domingos.
A primeira preocupação do actual Cônsul-Geral, que na altura vivia em Malanje, foi saber quem estava por detrás do golpe de Estado. Mas as reticências iniciais logo foram ultrapassadas. “Vi logo que havia pessoas interessantes, como Mário Soares e o major Melo Antunes, que tinha sido meu comandante, assim como pessoas ligadas ao Movimento de Libertação do Povo de Angola (MPLA) e democratas portugueses que eu acompanhava através de publicações como a Seara Nova e o Jornal do Fundão”
A participação de reconhecidos democratas levou os angolanos partidários da independência a darem mais credibilidade ao processo, o que foi reforçado pela posição do Movimento das Forças Armadas a favor da descolonização. Nos tempos seguintes ao 25 de Abril, regressaram pessoas que estavam no exílio, tais como o actual presidente da República, José Eduardo dos Santos. “O 25 de Abril representou uma lufada de esperança para os angolanos”, afirma o actual cônsul.
No período imediatamente posterior à revolução, “o grosso da sociedade colonial opôs-se e chegou a haver confrontação física entre civis. Rapidamente se preparou a independência formal, com a ajuda dos comissários que Lisboa nomeava para coordenar o período de transição, que levou à declaração de independência, a 11 de Novembro de 1975.
Referindo que todos os incidentes que marcaram o período revolucionário “se entendem numa perspectiva histórica e distanciada”, o diplomata angolano entende que “a descolonização não foi bem preparada, visto que a doutrina vigente ao longo do Estado Novo era que as possessões africanas não eram colónias, eram províncias ultramarinas”. Ora, continua, “isso não estava em consonância com os ventos da história e com o que defendiam as organizações internacionais e os movimentos de libertação”.

Cabo-Verde: fez-se a festa

O período anterior à revolução foi marcante pela negativa, considera o presidente da Associação de Amizade Macau-Cabo-Verde: “Lembro-me que só na minha rua, na ilha de São Vicente, tínhamos dois agentes da Policia Internacional de Defesa do Estado (PIDE). Muitas restrições eram impostas ao povo cabo-verdiano. A liberdade de expressão era limitadíssima, até a liberdade de pensamento – parece que, às vezes, esses agentes da PIDE adivinhavam as nossas ideias. Abundavam também os chamados ‘bufos’, delatores locais a soldo da policia. Havia todo um clima de medo no ar, um controle total. Era feita uma lavagem cerebral, no sentido de levar os cabo-verdianos a acreditarem na politica deles. Faziam-nos crer que os que estavam a lutar pela libertação nacional eram os terroristas e traidores.”
Daniel Silva lembra com pesar que muitos cabo-verdianos foram martirizados e torturados às mãos da PIDE. Face a esse cenário, o 25 de Abril representou uma grande pedrada no charco, de que os locais tiveram conhecimento através da rádio portuguesa.
Mal se soube que o regime ditatorial tinha caído e que ia haver democracia, os cabo-verdianos saíram logo para a rua em plena festa, vivendo intensamente o 25 de Abril. No meio da festa, havia que limpar contas com o passado e verificaram-se represálias contra agentes da policia politica. “Vi alguns populares a interpelarem os agentes da PIDE e os bufos, alguns deles eram padres”, rememora Silva. “Mas os cabo-verdianos são um povo muito brando e não houve mortos a registar.”
Abril é importante na luta pela independência de Cabo Verde. Embora não houvesse resistência armada no arquipélago, a luta independentista desenrolava-se ferozmente na vizinha Guiné-Bissau. Embora em Cabo Verde houvesse uma corrente de opinião que defendia a continuação sob alçada portuguesa, acabou por prevalecer a corrente independentista. “A luta de libertação nacional não ter foi feita nas ilhas, por falta de condições naturais, mas Cabo Verde tinha elementos na Guiné e noutros locais”.
Acontece que, na opinião do dirigente associativo africano, “quando se concretizou a transição para a democracia, o partido único não fez coisas muito diferentes do que tinha feito a policia politica”. A liberdade não chegou logo a Cabo-Verde, diz: “Continuaram as prisões e as torturas. O partido único instalou-se e ditou as regras que os outros tinham de cumprir.”
Mas essa fase foi superada, começaram a surgir partidos e correntes de opinião e impôs-se a necessidade de haver uma liberdade total. “A democracia começou a nascer em força e tenho o orgulho de dizer que neste momento somos uma das melhores democracias do mundo”, refere, satisfeito.

São Tomé e Príncipe: acabou a guerra!

A consequência directa da revolução portuguesa mais sentida em São Tomé foi o fim da guerra e o facto de os jovens santomenses terem deixado de ter que fugir à tropa e aos conflitos coloniais. “Muitos foram para a guerra matar outros africanos, outros acabaram por se viciar em droga enquanto estavam no exército”, relembra Adalberto Tenreiro, um santomense radicado em Macau.
Foram imensos os jovens que procuraram sair de São Tomé para evitar o recrutamento, entre eles um dos irmãos de Tenreiro, que partiu para o Canadá.
As repercussões de Abril não conduziram a conflitos armados naquele arquipélago tropical, mas foram um passo decisivo para as nacionalizações das roças. Do ponto de vista económico, a descolonização significou a debandada dos técnicos qualificados que trabalhavam nas propriedades agrícolas e a consequente quebra abrupta na produção de cacau e café. A responsabilidade é atribuída pelo arquitecto ao sistema colonial e aos portugueses, “que não prepararam a sociedade civil, nem proporcionaram uma educação adequada à população”.

Timor – Leste: políticos superam Igreja

De acordo com Agostinho Pereira, o impacto do 25 de Abril no longínquo Timor-Leste não foi imediatamente sentido por parte da população civil, que permaneceu tranquila. Apenas entre os militares portugueses se sentiu agitação.
Mas mudanças subtis começaram a ocorrer, com um maior sentimento de liberdade a prevalecer e os partidos políticos a expressarem-se mais livremente. “Os políticos, que puderam expressar melhor as suas ideias, manipularam a população e passaram a falar mais alto do que a Igreja, que era uma força muito conservadora, mas não conseguia dinamizar os católicos



Depois da Revolução dos Cravos verificou-se a saída precipitada das tropas portuguesas, em Agosto de 1975, tendo o poder sido entregue à Frente Revolucionária de Timor-Leste (Fretilin), que proclamou a independência em 28 de Novembro. Mas foi sol de pouca dura, visto que as tropas indonésias invadiram a ilha apenas uns dias depois, numa ocupação que resultou num longo massacre de timorenses, terminado graças às pressões diplomáticas dos países lusófonos, agora já independentes, que em 2002 receberam o seu mais novo membro.
P.B. (Hoje Macau)

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25.4.09

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pensamento do dia

"COM uma bazucada, deito isto abaixo, pá!"

Otelo Saraiva de Carvalho, figura controversa sobre a qual o Paulo Moura escreveu este excelente artigo no Público, com o qual ficamos a perceber melhor o 25 de Abril, que aconteceu faz hoje 35 anos.

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23.4.09

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Zuma, o Reagan sul-africano

Las votaciones para los cuartos comicios democráticos de Suráfrica desde la caída del apartheid, en 1994, se han iniciado este miércoles a las 07.00 hora local (05.00 GMT) en todo el país, donde más de 23 millones de electores están convocados a las urnas. No hay dudas de quién será el próximo presidente del país: Jacob Zuma, líder del partido gobernante Congreso Nacional Africano.



Jacob Zuma, de 67 años, conocido como el Reagan surafricano. Este tradicionalista zulú, polígamo con 18 hijos, del que se recuerdan alarmantes declaraciones sobre la homosexualidad y el sida, culminará en estas elecciones una transformación total de cuatro años. De villano acusado (y absuelto) de violación e inculpado en 16 casos de corrupción, ha pasado a convertirse en el máximo responsable del ANC y en una figura carismática y populista tras librarse de su rival, el anterior presidente Mbeki, en diciembre de 2007.

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22.4.09

Visões de Macau (10)





(FOTOS de António Falcão, Procissão de Nosso Senhor dos Passos)

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21.4.09

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Ler Devagar

DEZ anos depois de ter nascido numa Litografia do Bairro Alto em Lisboa, é à volta de uma rotativa de três andares de um antigo complexo industrial de Alcântara que está instalado o mais recente pólo da Ler Devagar. Este novo espaço vem juntar-se às livrarias da Fábrica de Braço de Prata, da Cinemateca e da ZDB.

20.4.09

NOMEADO em Fevereiro de 2007 como representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Hong Kong, Olaf Unteroberdoerster considera que as perspectivas de ultrapassagem da crise financeira mundial continuam ténues. Nesta entrevista, o alemão analisa o papel dos bancos no espoletar da recessão e defende que os pacotes de estímulos financeiros não serão suficientes para resolver o problema. Para isso, será preciso que os bancos voltem a emprestar dinheiro e que os investidores recuperem a confiança no mercado.

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THE novelist JG Ballard, who conjured up a bleak vision of modern life in a series of powerful novels and short stories published over more than 50 years, has died after a long battle with cancer. (Veja aqui o bom artigo do Guardian sobre o assunto)

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19.4.09

TEM homem corno, homem baixo, homem gordo, homem grato, safado,careca, cabeludo, veado, ousado
Tem muito, tem muito, tem muito
Tem muito homem

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MAIL de um amigo:
"Ainda não precebi como é que alguém ainda liga alguma coisa à lei de Moore. Isso é tão ridículo como alguém em 1900 dizer que daqui por 100 anos a maratona vai ser corrida em 15 minutos.
Para tudo há um limite - seja físiológico/ anatómico, seja físico (velocidade da luz ou da corrente eléctrica).
Obviamente quando se está no início do desenvolvimento de uma nova tecnologia (ou desporto) o crescimento é exponencial. Sim, ainda estamos no início da era da informação. Mas lá virá o tempo em que o progresso será lento. Quando, não sei.
Mas realmente em todas as épocas a humanidade tende a julgar que vive uma época de grande transformação, como nunca houve. Pronto, não há nada a fazer. Eu sou mais apologista da geração medíocre (como dizia um autor que agora não me lembro) - estamos algures no meio da evolução da humanidade.

Estamos a fazer grande progressos? Estamos a destruir o Planeta Terra? Estamos no climax da civilização, onde vamos decidir se irá ou não haver futuro?
Tretas...para vender livros e políticos!!!"


Resposta de outro amigo especialista em computação:
"A "lei" de Moore e' apenas uma observacao sobre a tendencia que se tem verificado nos ultimos 50 anos e que se espera que continue por pelo menos 10 anos onde o numero de transistores por circuito integrado duplica em cada 18-24 meses.

Ou seja, de uma forma simplista, os computadores daqui a 6 anos poderao fazer 8 vezes mais coisas do que os actuais, daqui a 8 anos poderao fazer 16x mais, daqui a 10 anos poderao fazer 32x mais. Sim, eu sei, tu sabes calcular potencias de 2.

Talvez nao tenhas reparado nalguns avancos tecnologicos recentes. Por exemplo, os novos BMW Serie 7 ja' conseguem avisar o condutor se existir um peao na beira da estrada, de noite e em tempo real. Googla e ve os videos que sao impressionantes. Outro exemplo e' o do desert challenge, quando ha' dois anos 4 equipas diferentes de universitarios construiram carros que conduziram dezenas e dezenas de kms durante 6 horas num ambiente de estradas de terra batida, com buracos e obstaculos. Sem condutor!

Nao consegues ver que se este tecnologia ja' existe hoje vai ser muito melhor daqui a 10 anos? Antes de fazeres 50 anos vao existir robots, independentes, a matar pessoas em cenarios de guerra. Think about it."

18.4.09

pensamento do dia

"NINGUÉM consegue ser, ao mesmo tempo, poeta e político. São actividades incompatíveis."
João Miguel Tavares [sobre Manuel Alegre], in Diário de Notícias




Fotos da polaca Katarzyna Widmanska

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16.4.09


YOU got good taste

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15.4.09

Viva o povo brasileiro

SUBSCREVO e é por estas e por outras que o meu plano é juntar dinheiro para passar as últimas décadas no Brasil.

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14.4.09


WENT to a party
I danced all night
I drank 16 beers
And I started up a fight
(...)
You give me head
It makes it worse
Take out your fuckin' retainer
Put it in your purse

I'm too drunk to fuck
You're to drunk to fuck
Too drunk to fuck

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13.4.09

pensamento do dia

"O futuro do jornalismo está assegurado, porque vai ter muita merda."

Beto Ritchie (rei da bossa nova de Macau)

12.4.09

Leituras do dia


Foto: António Mil-Homens


(...) SABENDO que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou.se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura.
Quando chegou a Simão Pedro, este disse-lhe
- Senhor, tu vais lavar-me os pés?
Jesus respondeu:
- O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde.
Pedro insistiu:
Nunca consentirei que me laves os pés.
Jesus repondeu-lhe
- Se não tos lavar, não terás parte comigo.
Simão Pedro replicou:
Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça.
Jesus respondeu-lhe:
- Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos.
Jesus sabia bem que o havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: "Nem todos estais limpos".
Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pòs-se de novo à mesa. Então disse~lhes:
- Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me mestre e senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se eu, que sou mestre e senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como eu fiz, vós façais também.

(Evangelho (Jo 13, 1-15)

11.4.09


OFF to Haiti (Foto - António Falcão)

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A menina que queria ser estrangeira

Se lhe perguntavam o que pretendia ser quando crescesse, a menina Mariana Palavra imaginava as mais diversas coisas. Queria pilotar aviões, ser bailarina, falar muitas línguas e escrever. E adorava o desporto. Para além de ballet, praticou a nível federado canoagem, basquetebol e voleibol.
Mas ninguém diria que a jovem de Ovar, em tempos tímida ao ponto de preferir supermercados a mercearias, para não ter que interagir com pessoas, se tornaria numa das caras que entram pelas caixinhas mágicas dos telespectadores de Macau todos os dias.
A poucos dias de mudar de vida e partir para a missão das Nações Unidas no Haiti, Mariana conta que o jornalismo a cativou pela visão romântica da profissão. “Para além de escrever sobre mundos diferentes e de fazer coisas novas todos os dias, teoricamente daria para viajar e para falar outras línguas.”
Foi com esse espírito um tanto ou quanto ingénuo que ingressou no curso de jornalismo da Universidade de Coimbra. No fim da época coimbrã, já mais desinibida, teve a oportunidade de fazer um estágio para a secção de internacional da RTP, em Lisboa. “Adorei aquele mundo e achei que devia tentar continuar. A paixão pela RTP foi tão grande que cheguei a aceitar ser insersora de caracteres naquela estação durante dois meses”, recorda. Perseguindo o sonho do jornalismo, Mariana transitou para a delegação da SIC no Algarve, onde esteve um ano. Foi então recrutada para colaborar em regime “free-lance” com o canal Euronews, mas pela mesma altura surgiu a possibilidade de ingressar na delegação do Algarve do jornal Correio da Manhã. “De manhã ia por vezes fazer uma assembleia municipal e à tarde podiam pedir-me para ir perguntar às pessoas o que é que achavam do último episódio do Big Brother”, conta. Se bem que “enriquecedor”, este exercício de jornalismo tablóide não era o que Mariana queria para o seu futuro.



E é nessa altura que, um pouco por acaso, surge Macau. Sabendo que havia colegas de Coimbra a fazer jornalismo em Macau, a jovem decidiu atirar o barro à parede, seduzida pela hipótese de viver no fora do país. “Ser estrangeira era outra das coisas que queira quando era criança; achava que ia gostar”. Enviou o seu currículo para a TDM e sete meses depois recebeu uma chamada telefónica que a trouxe para o Extremo Oriente.
E assim Mariana regressou ao meio televisivo, onde tinha iniciado carreira. Atribui o gosto pela caixinha mágica ao facto de não ser diferente da sua geração e de “ter um fascínio pela imagem e até por todo esse mundo um pouco cor de rosa e falso da TV”. De Macau, a jornalista pouco ou nada sabia. Recebida de braços abertos, chegou em Dezembro de 2002 e três meses depois estava a apresentar o seu primeiro telejornal. Remonta a essa altura a sua ligação à “Montra do Lilau”, um magazine de cultura e entretenimento que actualmente apresenta.
O bichinho de viajar manteve-se e mais recentemente começou querer conciliá-lo com a área da cooperação internacional, sobre a qual havia estudado em Coimbra, numa pós graduação sobre democratização e direitos humanos e depois num mestrado à distância. Inscreveu-se na base de dados das Nações Unidas (ONU) e recebeu uma proposta para trabalhar numa rádio ligada à missão de paz no Haiti. “Quando me disseram que era eu que ia, depois de uma entrevista colectiva em francês fiquei com as pernas a tremer Porque tinha um misto de sentimentos. Por um lado, é um sonho. Por outro, eu gosto tanto de Macau que sabia que me ia custar de sair daqui.” No Haiti, país de história conturbada, onde 80% da população vive abaixo do limiar de pobreza, Mariana vai coordenar uma equipa de sete jornalistas locais, que realiza programas de notícias de uma rádio falada em francês e em crioulo do Haiti. Terminada a missão no pais caribenho, Mariana Palavra espera que o seu futuro continue a passar pela cooperação internacional, de preferência conciliando-a com o jornalismo. “Dizem-me que isto vai ser bom para o currículo. Ora, eu quero que isto seja o currículo.”
P.B.

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10.4.09


TOUCH me - The Doors

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9.4.09

Visões de Macau (9)



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8.4.09

Doc para fazer a diferença


O documentário pode ser uma arma. É a opinião de Cecilia Ho, que em "Jeritan" conta a história de imigrantes indonésias a lutar pela subsistência em Macau. A realizadora quis denunciar as injustiças da condição daquelas mulheres. Com este trabalho, venceu os prémios do júri e do público no Macau Indies.

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7.4.09

pensamento do dia

ONTEM Pela Tarde Ensolarada

Bons filmes de colheita recente


REVOLUTIONARY Road (Official Trailer)


Frost/Nixon

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6.4.09

adolescência sofrível, passe o pleonasmo.

"FUI o alvo dos teus raios
te partam, em cheio,
parece impossível.
fui caindo no vazio
de uma rima previsível,
puta que pariu.

fizeste promessas, mentiras,
nem tiras nem pões
as mãos no fogo, lento,
futuras traições.

eu quero, mas não sei se devo.
e entre o deve e o haver,
o leve e o lazer.

agora foges, ó topete
debaixo dos pés, pelas mãos
que apertam
o nó na garganta.
afunda a cruz ao fundo do túnel,
carreguei, não vi a sacra
mas o calendário não engana
e todos os dias
são sexta-feira santa.

(que pouco dura a emoção,
tão pouco cura o coração.)

eu quis fintar a saudade
mas nunca fui bom no um p'ra um.
depois da bonança, tempestade
e o jogo adiado, ad eternum.

ainda quero, mas não sei se devo.
e entre o deve e o haver,
o breve e o prazer.

a vida é só isto
e pouco mais nada:
afago as mágoas
num copo de tinto.
absinto muito
e glórias passadas
a ferro, mortas,
sepultadas
e fósseis,
elos perdidos
a meio do caminho,
uma espécie de jogo já extinto.
(lembras-te?)

entre uma casa
comigo, imberbes, petizes,
ficávamos no meio da rua
da amargura, e felizes.

hoje quero, mas sei que não devo.
e entre o deve e o a ver,
que breve é o prazer.

e ora eu, ora tu
muitos oras depois,
eu roma e tu atenas.
o eterno jogo: ódio-amor.
dois para dois,
balizas pequenas."

Autor: este gajo, parece que se chama João Gaspar

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pensamento do dia

O dia está raiando
Macau continua cantando
As t-girls vão voando
Pra esse país nefando
E ela ainda está sambando
E ela ainda está sambando

O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro Fevereiro e Março
Alõ alõ realeza aquele abraço!
Alô torcida do Flamengo aquele abraço
Alô moça da favela aquele abraço!
Todo o mundo da Portela aquele abraço!
Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço
Que a Bahia já me deu regra e compasso
Quem sabe de mim sou eu aquele abraço!
Pra você que me esqueceu aquele abraço!
Alô rio de Janeiro aquele abraço!
Todo o povo brasileiro aquele abraço!
Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço!

5.4.09

...MINETE ao Diabo...

Escuta está frio demais para me contentar com o calor do teu amor que não existe na televisão uma orgia de três mulheres e dois homens não aquece nem arrefece um filme polaco dobrado em espanhol os gemidos espraiam-se sais de qualquer maneira para o velho bar que está para abrir falência já não tens jeito ao balcão Deus não é uma mulher que tu possas seduzir desesperado e triste contentas-te com um minete ao Diabo.

Ricardo Marques, fragmentos estilhaços, granadas, Editora Palimage, 2006, pág.31

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4.4.09

pensamento do dia

NÃO sou eu que não tenho imaginação, é o mundo à volta que está morto.

2.4.09

vim curtir meu roquezinho antigo, que não tem perigo

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'LEITE Derramado', o quarto romance do compositor brasileiro Chico Buarque, chegou às livrarias brasileiras com a difícil tarefa de superar o sucesso de 'Budapeste', de 2003. A crítica já aprovou.

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1.4.09

TAMBÉM eu e a coisa promete ser cómica.

BOM dia!

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