Mário Laginha e Maria João voltaram a afirmar o seu
enorme talento no Centro Cultural da Universidade de Macau. O concerto que protagonizaram iniciou-se com a cantora a cumprimentar a audiência com um
sonoro “Nei hou ma” [em cantonês: ‘Como estão?’] Seguiram-se cumprimentos em
inglês e em português. “Não sei em que língua me hei-de expressar”, gracejou
Maria João, arrancando em inglês, com “Parrots and Lions”. Ao longo de mais de
uma hora, Maria João cantou em vários idiomas e utilizou recorrentemente o
canto “scat”. A sua voz ecoou como um instrumento preciso, capaz de oscilar
entre os tons mais graves e agudos. Mário Laginha foi acompanhando com os arranjos
jazísticos que caracterizam a música do dueto. Perante um auditório que tinha
cerca de metade dos lugares preenchidos, a expansiva cantora referiu ser um
“prazer e felicidade estar de novo em Macau”, expressando o orgulho em ser
portuguesa: “Não sei se conseguem imaginar, nesta enorme China, o quão pequenos
somos (...) Escolhemos ir para o mar à procura de outros locais e eu sou uma
prova disso, porque a minha mãe é moçambicana e o meu pai é português”, apontou.
Para o fim do concerto, o dueto interpretou um peculiar fado (ou, como Maria
João referiu, “um fado à nossa maneira”) e a cantora embalou-se num solo vocal
que durou vários minutos. No fim, grande parte do público aplaudiu de pé.
Texto e fotos: P.B.
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