"O Bob não grita", diz um amigo meu
PEQUIM, 04 abr (Lusa) – Pela primeira vez em meio século de carreira, Bob Dylan atuará em Pequim na próxima quarta-feira, num dos mais aguardados concertos do género realizados nos últimos anos na China.
“Depois de um longa espera, os fãs chineses de Bob Dylan vão finalmente ver este músico lendário”, disse um jornal local.
A estreia de Bob Dylan na China ocorrerá no Ginásio dos Trabalhadores, um pavilhão com cerca de 12.000 lugares, na zona oriental de Pequim, inaugurado em 1961, o ano em que o músico norte-americano iniciou a sua carreira.
Simbolicamente, os bilhetes mais caros – e dos primeiros a esgotar – custam 1.961 yuan (210 euros) – mais 801 yuan (86 euros) do que o salário mínimo em Pequim.
Bob Dylan tocará também em Xangai, na sexta-feira, e depois no Vietname, outra estreia histórica para o veterano artista, que em maio completará 70 anos de idade.
Como é regra, os concertos foram previamente autorizados pelo ministério chinês da Cultura.
Um profissional da Rádio Pequim considerou o concerto de Bob Dylan “um grande acontecimento e um sinal de abertura da China”.
“Há anos que estamos a tentar organizar um concerto de Bob Dylan na China e, finalmente, conseguimos!”, disse o promotor chinês, Wei Ming.
A música rock ocidental só chegou à China em meados da década de 1980, depois do Partido Comunista Chinês ter adotado a política de “Reforma Económica e Abertura ao Exterior”.
“O rock chegou tarde à China e todo ao mesmo tempo”, disse à agência Lusa Dong Nan, tradutora de vários ensaios sobre a cultura rock anglo-saxónica, um dos quais centrado em Bob Dylan (“The Old, Weird América”, de Greil Marcus).
Dong Nan nasceu em 1977 e para os chineses da sua geração, Dylan, Michael Jackson, Janis Joplin e Madonna são todos contemporâneos.
Embora o rock já não seja considerado uma “música decadente”, os concertos com os grandes ícones do género ainda são raros.
Os Rolling Stones atuaram em Xangai em 2006, pela primeira e única vez, mas por exigência das autoridades, “Let’s Spend the Night Together”, “Brown Sugar” e três outras canções da banda foram riscadas do programa.
No passado dia 12 de março, também pela primeira vez, a banda norte-americana Eagles encheu o Wukesong Arena, um pavilhão com 18.000 lugares situado na zona ocidental de Pequim.
“Penso que a China está à procura de coisas da cultura americana que tenham um apelo universal”, escreveu um critico chinês acerca do sucesso obtido pelos Eagles.
AC.
“Depois de um longa espera, os fãs chineses de Bob Dylan vão finalmente ver este músico lendário”, disse um jornal local.
A estreia de Bob Dylan na China ocorrerá no Ginásio dos Trabalhadores, um pavilhão com cerca de 12.000 lugares, na zona oriental de Pequim, inaugurado em 1961, o ano em que o músico norte-americano iniciou a sua carreira.
Simbolicamente, os bilhetes mais caros – e dos primeiros a esgotar – custam 1.961 yuan (210 euros) – mais 801 yuan (86 euros) do que o salário mínimo em Pequim.
Bob Dylan tocará também em Xangai, na sexta-feira, e depois no Vietname, outra estreia histórica para o veterano artista, que em maio completará 70 anos de idade.
Como é regra, os concertos foram previamente autorizados pelo ministério chinês da Cultura.
Um profissional da Rádio Pequim considerou o concerto de Bob Dylan “um grande acontecimento e um sinal de abertura da China”.
“Há anos que estamos a tentar organizar um concerto de Bob Dylan na China e, finalmente, conseguimos!”, disse o promotor chinês, Wei Ming.
A música rock ocidental só chegou à China em meados da década de 1980, depois do Partido Comunista Chinês ter adotado a política de “Reforma Económica e Abertura ao Exterior”.
“O rock chegou tarde à China e todo ao mesmo tempo”, disse à agência Lusa Dong Nan, tradutora de vários ensaios sobre a cultura rock anglo-saxónica, um dos quais centrado em Bob Dylan (“The Old, Weird América”, de Greil Marcus).
Dong Nan nasceu em 1977 e para os chineses da sua geração, Dylan, Michael Jackson, Janis Joplin e Madonna são todos contemporâneos.
Embora o rock já não seja considerado uma “música decadente”, os concertos com os grandes ícones do género ainda são raros.
Os Rolling Stones atuaram em Xangai em 2006, pela primeira e única vez, mas por exigência das autoridades, “Let’s Spend the Night Together”, “Brown Sugar” e três outras canções da banda foram riscadas do programa.
No passado dia 12 de março, também pela primeira vez, a banda norte-americana Eagles encheu o Wukesong Arena, um pavilhão com 18.000 lugares situado na zona ocidental de Pequim.
“Penso que a China está à procura de coisas da cultura americana que tenham um apelo universal”, escreveu um critico chinês acerca do sucesso obtido pelos Eagles.
AC.
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