20.9.09

Pensamentos do dia

AGOSTINHO da Silva:


"Deus não exige de nós nenhum culto; prestamos a nossa homenagem a Deus, entramos em contacto pleno com o Universo, quando desenvolvemos a nossa inteligência e o nosso Amor: um laboratório, uma biblioteca, são templos de Deus; uma escola é um templo de Deus, e o mais belo de todos. Todos podemos ser sacerdotes, porque todos temos capacidades de Inteligência e de Amor; e praticamos o mais elevado dos cultos a Deus quando propagamos a cultura, o que significa o derrubamento de todas as barreiras que se opõem ao Espírito. Estão ainda longe de Deus, de uma visão ampla de Deus os que fazem consistir o seu culto em palavras e ritos; mas dos que subirem mais alto não pode haver outra atitude senão a de os ajudar a transpor o longo caminho que ainda têm adiante. Ninguém reprovará o seu irmão por ele ser o que é; mas com paciência e persistência, com inteligência e com amor, procurará levá-lo ao nível mais alto.

Para que possa compreender Deus, para que possa, melhorando-se, melhorar também os outros, o homem precisa de ser livre; as liberdades essenciais são três: liberdade de cultura, liberdade de organização, social, liberdade económica. Pela liberdade de cultura, o homem poderá desenvolver ao máximo o seu espírito critico e criador; ninguém lhe fechará nenhum domínio; ninguém impedirá que transmita aos outros o que tiver aprendido ou pensado. Pela liberdade de organização social, o homem intervém no arranjo da sua vida em sociedade, administrando e guiando, em sistemas cada vez mais perfeitos à medida que a sua cultura que a sua cultura se for alargando; para um bom governante, cada cidadão não é uma cabeça de rebanho; é como que o aluno de uma escola de humanidade: tem de se educar para o melhor dos regimes, através dos regimes possíveis. Pela liberdade económica, o homem assegura o necessário para que o seu espírito se liberte das preocupações materiais e possa dedicar-se ao que existe de mais belo e de mais amplo; nenhum homem deve ser explorado por outro homem; ninguém deve, pela posse dos meios de exploração e de transporte, que permitem explorar, pôr em perigo a liberdade de Espírito dos outros. No Reino Divino, na organização humana mais perfeita, não haverá nenhuma restrição de cultura, nenhuma propriedade. A tudo isto se poderá chegar gradualmente e pelo esforço fraterno de todos.”

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3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Lisboa, 20 Set (Lusa) - A doença de Alzheimer afecta 90 mil portugueses, número que deverá duplicar nos próximos 30 anos, alertou a associação representante dos doentes, considerando que é tempo de “transformar a demência numa prioridade de saúde pública e política social”.

O alerta da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer (APFADA) surge nas vésperas da comemoração do Dia Mundial da Doença de Alzheimer (21 Setembro), que este ano tem como lema “A necessidade de um diagnóstico precoce”.

As últimas estimativas apontam que existam 153 mil pessoas com demência em Portugal, 90 mil das quais com doença de Alzheimer, disse à Lusa o director executivo da APFADA, António Oliveira Costa.

A doença de Alzheimer é degenerativa, incapacitante e tem uma evolução progressiva, durante a qual se verificam alterações ao nível da memória e orientação, da linguagem, da capacidade cognitiva, do humor e do comportamento e da capacidade motora.

Esta doença limita a vida dos doentes, tornando-os gradualmente dependentes dos cuidados dos outros.

“A sociedade civil em geral tem uma opinião bastante informada sobre a doença de Alzheimer. No entanto, é uma doença que nos continua a surpreender a partir do momento em que nos atinge directamente”, comentou Oliveira e Costa, comparando-a a “um labirinto em que a pessoa entra e não encontra a saída”.

Para o responsável, ainda há muito a fazer para ajudar os doentes e familiares. “Há problemas ao nível do acesso à medicação, da intervenção, dos apoios domiciliários, centros de dia e equipamentos construídos de raiz para pessoas com esta problemática”.

No entanto, o principal problema é o diagnóstico ser muitas vezes demasiado tardio.

”Os primeiros sinais e sintomas continuam a confundir-se com os sinais de envelhecimento, mas, muito embora a idade seja o maior factor de risco, ela não é a causa da doença”, justificou.

O facto de Portugal ter uma “população extremamente envelhecida e em envelhecimento permanente” exige que o diagnóstico seja mais precoce para que os doentes e familiares possam adaptar-se e prolongar as faculdades e capacidades dos doentes o mais possível.

Oliveira Costa defendeu a criação de um plano nacional para a doença de Alzheimer: “Pensar quantos doentes temos, que recursos existem, o que é prioritário e como é que vamos preparar-nos para esta doença que em Portugal atinge 90 mil pessoas e que se estima que, até 2040, venha a atingir 180 mil ou mais”, frisou.

O neurologista Alexandre Castro Caldas explicou à Lusa que o aumento da incidência e prevalência da doença se deve ao crescente envelhecimento da população e defendeu a necessidade de “apoios específicos para estes doentes”, nomeadamente centros de dia e apoio domiciliário.

O Governo anunciou em Maio a intenção de avançar, ainda este ano, com a construção de 18 unidades de dia para 270 doentes de Alzheimer, uma em cada capital de distrito. Contactada pela Lusa, a coordenadora da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, Inês Guerreiro, adiantou que a regulamentação sobre esta matéria está concluída.

20 de setembro de 2009 às 16:28  
Blogger icendul disse...

já te estou a imaginar paramentado e com um hissope, a pregar nas ruas de macau:P

obrigada pela partilha, na minha rota de leitura matinal.

(ando para escavar melhor o agostinho da silva há uns tempos, o que recomendas?)

bjns*

22 de setembro de 2009 às 19:19  
Anonymous PB disse...

lol, às vezes dá-me para estes desabafos existenciais. Mas quando o Agostinho da Silva fala em "reino divino", fala de um reino que pode ser construído pelos homens. É claro que isto é um utopia, completamente irrealizável na sua plenitude. O que eu digo é que devemos caminhar nesse sentido, nem que dando passos pequenos. Foi isso que o AS fez e conseguiu!
Livros de Agostinho da Silva: lê o que está editado pela Assírio, que foi escolhido pelo Hermínio e é tudo bom.
Indo a bibliotecas, podias pegar nos "cadernos" e ler os livrinhos que ele escreveu sobre Fernado Pessoa, Jesus ou Buda, por exemplo.

22 de setembro de 2009 às 19:47  

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