Soneto sobre Macau
MACAU envelhecido nas fachadas;
rostos, aguarelas nos postigos;
luzes, sombras; contrastes muito antigos;
fios, gaiolas, roupas penduradas.
Becos, pátios, lúgubres escadas;
o mahjong e o chá para os amigos;
divindades, incensos e formigas,
em volta das comidas ofertadas.
Um recorte de igreja ou de pagode!
brisas das ventoinhas, velharias;
sons, odores; mistura de hino e ode!
Mas já o camartelo está à espreita!
O passado a morrer sem poesia
e o futuro sem alma satisfeita!
in “Amagao, Meu Amor” (sonetos) 1992
de António Correia, que chegou a Macau em 1980 e conta, nesta entrevista, como o território o envolveu num encantamento que já não pode ser o mesmo na RAEM dos dias de hoje.
rostos, aguarelas nos postigos;
luzes, sombras; contrastes muito antigos;
fios, gaiolas, roupas penduradas.
Becos, pátios, lúgubres escadas;
o mahjong e o chá para os amigos;
divindades, incensos e formigas,
em volta das comidas ofertadas.
Um recorte de igreja ou de pagode!
brisas das ventoinhas, velharias;
sons, odores; mistura de hino e ode!
Mas já o camartelo está à espreita!
O passado a morrer sem poesia
e o futuro sem alma satisfeita!
in “Amagao, Meu Amor” (sonetos) 1992
de António Correia, que chegou a Macau em 1980 e conta, nesta entrevista, como o território o envolveu num encantamento que já não pode ser o mesmo na RAEM dos dias de hoje.
Etiquetas: Entrevista, Macau, Poesia
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