11.3.11

AVISO À POPULAÇÃO: amanhã em Macau...


SÃO um segredo bem guardado e um dos projectos musicais mais originais do sul da Ásia. O seu nome – “Cambodian Space Project” - é tão único quanto a sua estética. A banda mistura na formação músicos australianos e a inesperada Srey Thy, uma cantora e letrista que cresceu numa aldeia do Cambodja e cuja voz memorável foi descoberta num clube de “karaoke” pelo guitarrista Julien Poulsen. Estarão em Macau no próximo dia 12, onde têm um concerto agendado no bar “Blue Frog”. Prosseguem depois para uma digressão que os levará a outras cidades do Delta do Rio das Pérolas e que está a ser organizada pela “Panda Artists Management”, uma empresa de Macau.
O som dos “Cambodian Space Project” mistura um “rock” da década de 1960 com ritmos do Cambodja, que Srey Thy absorveu na sua infância, antes de os Khmers Vermelhos terem envolvido o país no terror genocida, levando à supressão da cena musical então existente. Formada em 2009, a excêntrica banda tem vindo a ganhar uma rápida popularidade, até em termos internacionais Em 2010 esteve em “tournée” na França e na Austrália. Passa agora pela China e depois tem agendada participação no conceituado festival “South by Southwest”, que se realiza em Austin, no Texas.
Os Cambodian Space Project, que o JTM teve oportunidade de ver numa actuação em Phnom Penh, são frequentemente comparados à banda americana “Dengue Fever”, cujo estilo musical é também inspirado no chamado “Khmer-rock”, muito em voga na capital do Cambodja ao longo da década de 1960. Em actuações enérgicas, a banda evoca o já referido “rock cambodjano” e os ritmos da dança tradicional, juntamente com vários outros estilos musicais, como o “reggae” e até os “blues”. Tudo cantado em cambodjano, até porque Srey Thy não domina outra idioma.
Numa recente entrevista ao Phnom Penh Post, Julien Poulsen, o guitarrista da Tasmânia, referia que a projecção internacional dos “Cambodian Space Project” significa que estes estão a ser capazes “de chegar a um maior público do que qualquer outro projecto artístico do Cambodja, o que constitui uma grande oportunidade para viajar e dizer às pessoas o que se está a passar no Cambodja e na cena musical de Phnom Penh”.
A banda ainda não publicou um disco de longa duração, mas lançou “I’m Unsatisfied”, o primeiro disco de 45 rotações produzido no Cambodja desde 1975, que deverá ser editado este ano, com o título “Dejá Voodoo”. O seu percurso original pode ser visto em formato de documentário televisivo, já que o realizador alemão Marc Eberle está a filmar os passos dos “Cambodian Space Project”, num documentário que tem estreia marcada para o fim do ano.

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