UM grupo de Macau mobilizou-se para ajudar os desalojados por dois tufões nas Filipinas. Depois de duas visitas, e surpreendidos pelo insucesso das acções de recolha de fundos em Macau, vão realizar um concerto em Manila e querem contar com os artistas locais
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Gilbert dá como exemplo das condições de extrema pobreza que observou no cemitério de Navotas, ocupado parcialmente por pessoas sem abrigo. “As pessoas vivem lá e são tão pobres que constroem abrigos por cima de jazigos ali existentes. Eles instalam caixas de madeira por cima das campas e chamam-lhes ‘apartamentos’”. A pobreza é tanta que só alguns dos ‘moradores’ têm meios para comprar madeira e construir um abrigo um pouco menos desconfortável. Os outros - descreve - “vivem no interior de gavetas fúnebres que estão vazias... é tão mau quanto isto”.
Uma outra zona nos arredores de Manila, apelidada de “montanha fumegante”, impressionou os visitantes de Macau. “É chamada de montanha porque existem montes de lixo empilhado e é fumegante porque estão constantemente a queimar lixo”, conta Gilbert. As pessoas que vivem ali são afectadas por doenças respiratórias. “Estas pessoas precisam de dinheiro, mas não tínhamos muito para lhes dar. Acabámos por distribuir o material usado que levávamos para outros locais, porque estas pessoas não necessitavam disso, nem sequer podem usar sapatos.”
O grupo ficou também sensibilizado com o facto dos moradores daquela zona “não terem pedido nada” quando os receberam. “Estavam tão felizes por ver pessoas que os visitavam só para dizer olá. É muito importante para eles saberem que há pessoas que se preocupam.” Para o concerto de Abril do próximo ano, o jornalista, que é também músico com trabalhos discográficos editados, faz um apelo para músicos e artistas locais que estejam dispostos a juntar-se ao projecto, participando, de forma voluntária e não remunerada, no espectáculo que está a ser preparado (mais informações podem ser obtidas através do endereço Macau4Manila@live.com).




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