"Macao" (1952)
IN the toughest spot on earth;)
Num fim de tarde de Verão, passado na minha sereníssima Figueira da Foz, assisti ao filme "Macao", de Josef von Sternberg, com mão de Nicholas Ray, improvavelmente exibido numa sessão de cinema do Centro de Artes e Espectáculos. Realizado em 1952, o filme mostra como em meados do século os visitantes chegavam a Macau vindos de Hong Kong, acolhidos no Porto Interior (na zona da actual Ponte 16) e tendo como porta de entrada a Avenida Almeida Ribeiro (a San Ma Lou), ainda hoje cheia de néons e de casas de arquitectura colonial.
Exemplar do "film noir" - sem que faltem a mulher fatal (Jane Russell), o herói vagabundo de ocasião (Robert Mitchum) e o mafioso (William Bendix) -, o filme mostra uma cidade viciosa, povoada por personagens marginais.
Os diálogos são de uma qualidade suprema, e de uma inteligência que já não se usa no cinema de hoje. Eis alguns, que registei no meu bloco de notas, transcritos por meio de uma tradução simultânea para o português e em inglês:
"Em Macau, tudo é um jogo. Boa sorte."
"- Quanto tempo conta ficar em Macau?
- Não sei, depende de uma certa senhora. A senhora sorte." [Lady Luck]
"- This lady comes to grace the dull existence of Macao."
"- I heard that all roads lead to Macao, but why did you want to come hear?"
"- How much can you pay? [pergunta a cantora ao dono do casino]
- 100
- For 150 I sing much better."
"- Toda a gente está preocupada, arrependida, à procura de algo.
- Você também?
- Claro."
"- Não se ganham dólares desonestos deitado na cama."
Num fim de tarde de Verão, passado na minha sereníssima Figueira da Foz, assisti ao filme "Macao", de Josef von Sternberg, com mão de Nicholas Ray, improvavelmente exibido numa sessão de cinema do Centro de Artes e Espectáculos. Realizado em 1952, o filme mostra como em meados do século os visitantes chegavam a Macau vindos de Hong Kong, acolhidos no Porto Interior (na zona da actual Ponte 16) e tendo como porta de entrada a Avenida Almeida Ribeiro (a San Ma Lou), ainda hoje cheia de néons e de casas de arquitectura colonial.
Exemplar do "film noir" - sem que faltem a mulher fatal (Jane Russell), o herói vagabundo de ocasião (Robert Mitchum) e o mafioso (William Bendix) -, o filme mostra uma cidade viciosa, povoada por personagens marginais.
Os diálogos são de uma qualidade suprema, e de uma inteligência que já não se usa no cinema de hoje. Eis alguns, que registei no meu bloco de notas, transcritos por meio de uma tradução simultânea para o português e em inglês:
"Em Macau, tudo é um jogo. Boa sorte."
"- Quanto tempo conta ficar em Macau?
- Não sei, depende de uma certa senhora. A senhora sorte." [Lady Luck]
"- This lady comes to grace the dull existence of Macao."
"- I heard that all roads lead to Macao, but why did you want to come hear?"
"- How much can you pay? [pergunta a cantora ao dono do casino]
- 100
- For 150 I sing much better."
"- Toda a gente está preocupada, arrependida, à procura de algo.
- Você também?
- Claro."
"- Não se ganham dólares desonestos deitado na cama."
2 Comentários:
Podias ter dito algo... estava por lá. Aliás, faz uns 3 meses que me encontro a residir em Buarcos. Abraço
Um abraço, Luís, Buarcos é a terra da minha mãe;) Espero que esteja tudo bem contigo.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial