2.5.10

THE VACUUM (1955)

The house is so quiet now
The vacuum cleaner sulks in the corner closet,
Its bag limp as a stopped lung, its mouth
Grinning into the floor, maybe at my
Slovenly life, my dog-dead youth.

I’ve lived this way long enough,
But when my old woman died her soul
Went into that vacuum cleaner, and I can’t bear
To see the bag swell like a belly, eating the dust
And the woollen mice, and begin to howl

Because there is old filth everywhere
She used to crawl, in the corner and under the stair.
I know now how life is cheap as dirt,
And still the hungry, angry heart
Hangs on and howls, biting at air.



§



O ASPIRADOR
UM
poema para domingo:

THE VACUUM (1955)

A casa está tão calma agora
O aspirador amuou no armário de canto,
Seu saco aleijado como um pulmão imóvel, sua boca
Zombando para o chão, talvez da minha
Vida desmazelada, da minha irresponsabilidade.

Vivi tempo suficiente assim,
Mas quando a minha velha morreu, sua alma
Entrou dentro daquele aspirador e eu não suporto
Ver o saco inchar como um ventre, comendo pó
E camundongos, começando a uivar

Porque há imundice por todo o lado
Onde usava rastejar, nos cantos e sob a escada.
Sei agora como a vida é reles como lixo,
Ainda assim o coração ávido, irado
Resiste e brama, mordendo o céu.

HOWARD NEMEROV (1920-1991), poeta americano nascido e criado em Nova Iorque.

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