nada é mais exactamente terrível
[ ix ]
NADA é mais exactamente terrível do que
estar sozinho em casa, com alguém e
com alguma coisa)
Partiste há risos
e o desespero imita uma rua
eu inclino-me à janela, contemplo espectros,
um homem
estreitando uma mulher num parque. Perfeito
e ao de leve (porquê? Ou para não compreendermos)
ao de leve eu estou ouvindo alguém
a vir para cima, cautelosamente
(cautelosamente subindo atapetado lanço após
atapetado lanço. serenamente, subindo
os atapetados degraus do terror)
e continuamente eu estou vendo alguma coisa
inalando suavemente um cigarro num espelho
e. e. cummings
xix poemas
trad. jorge fazenda lourenço
assírio & alvim
NADA é mais exactamente terrível do que
estar sozinho em casa, com alguém e
com alguma coisa)
Partiste há risos
e o desespero imita uma rua
eu inclino-me à janela, contemplo espectros,
um homem
estreitando uma mulher num parque. Perfeito
e ao de leve (porquê? Ou para não compreendermos)
ao de leve eu estou ouvindo alguém
a vir para cima, cautelosamente
(cautelosamente subindo atapetado lanço após
atapetado lanço. serenamente, subindo
os atapetados degraus do terror)
e continuamente eu estou vendo alguma coisa
inalando suavemente um cigarro num espelho
e. e. cummings
xix poemas
trad. jorge fazenda lourenço
assírio & alvim
Etiquetas: Poesia
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