O planeador
JEFF Choi é um macaense com gosto pela política, pelo debate e pela participação em organizações que procurem “servir a sociedade”. O envolvimento do arquitecto no movimento associativo remonta aos tempos do liceu, mas em Janeiro Jeff fundou aquela que é a “pérola dos seus olhos”. A “Y-Life – Macao Youth Life Association”, na qual aplica os seus tempos livres.
O jovem de 29 anos está numa fase profícua da sua vida, com a concretização de projectos que tem vindo a desenvolver há anos. Para além da associação agora criada, está a ser concretizado o seu primeiro projecto arquitectónico, cujas imagens exibe com orgulho ao Hoje Macau. Trata-se do novo edifício do Instituto Politécnico de Macau, que se encontra em construção. Na calha estão outros projectos, como o da expansão da Pousada de São Tiago, também na RAEM.
A Y-Life tem como principal objectivo servir como espaço de apoio para jovens em inicio de carreira e com empregos stressantes, que ali podem relaxar, conversando, vendo filmes e trocando ideias. Outro dos objectivos desta organização, que conta com o apoio de membros da Assembleia Legislativa e de grupos congéneres de Hong Kong, é a realização de trabalho caritativo (junto de lares de idosos, por exemplo) e de debates. Um dos mais animados até ao momento foi sobre as três propostas para o trajecto do metro de Macau, cujas conclusões deverão ser divulgadas em forma de relatório. São cerca de 100 os colaboradores da Y Life. “Tratam-se de jovens engenheiros, estilistas, publicistas e outros criativos”, descreve o fundador.
O gosto pela arquitectura começou a manifestar-se claramente durante a adolescência de Jeff Choi, fruto da apetência pelo desenho e da construção de modelos. Hoje, para além de trabalhar na “Top Builders Group”, já criou o seu próprio ateliê, para projectos mais pessoais. Numa cidade em Macau, que está em mudança urbanística contínua, o arquitecto constata que “há muitas oportunidades para os arquitectos, visto que os projectos não ficam limitados ao papel”. Segundo recorda, nos tempos da administração portuguesa havia menos oportunidades para os arquitectos. Mas o novo cenário não implica, na opinião de Jeff, que tenham que haver excessivos receios em relação aos perigos de eventual descaracterização da cidade: “O Executivo considera o planeamento urbano como muito importante. Por isso , é necessário aumentar o conhecimento nesta disciplina para ir ao encontro dos requisitos de conservação do património. Isto porque as construções dos casinos são de grandes dimensões quando comparadas com os edifícios do centro histórico. É possível conciliar o desenvolvimento com a manutenção do estilo tradicional de Macau.”
Até agora, a única temporada que Jeff Choi passou fora de Macau aconteceu durante os seus estudos universitários, em Pequim. No futuro, o arquitecto só considera a possibilidade de sair da RAEM se for para continuar a estudar arquitectura, por forma a poder “construir mais”. O trajecto deste empreendedor leva-nos a pensar que podemos estar perante um político em potência. Algo que o próprio não coloca nos seus horizontes mais próximos. “Pretendo ficar em Macau, terra de que gosto muito, para contribuir com as minhas capacidades para a sociedade. Farei o meu melhor para ser um arquitecto e manterei uma voz pública quanto ao planeamento urbano e a preservação do património.”
Paralelamente à associação e ao trabalho, Jeff Choi gosta de ir acompanhando a actividade politica e os grandes projectos que se preparam para a cidade. Sempre tendo em conta que “os jovens arquitectos devem ter preocupações em termos de responsabilidade social”.
(Texto:P.B.; Foto: António Falcão)
O jovem de 29 anos está numa fase profícua da sua vida, com a concretização de projectos que tem vindo a desenvolver há anos. Para além da associação agora criada, está a ser concretizado o seu primeiro projecto arquitectónico, cujas imagens exibe com orgulho ao Hoje Macau. Trata-se do novo edifício do Instituto Politécnico de Macau, que se encontra em construção. Na calha estão outros projectos, como o da expansão da Pousada de São Tiago, também na RAEM.
A Y-Life tem como principal objectivo servir como espaço de apoio para jovens em inicio de carreira e com empregos stressantes, que ali podem relaxar, conversando, vendo filmes e trocando ideias. Outro dos objectivos desta organização, que conta com o apoio de membros da Assembleia Legislativa e de grupos congéneres de Hong Kong, é a realização de trabalho caritativo (junto de lares de idosos, por exemplo) e de debates. Um dos mais animados até ao momento foi sobre as três propostas para o trajecto do metro de Macau, cujas conclusões deverão ser divulgadas em forma de relatório. São cerca de 100 os colaboradores da Y Life. “Tratam-se de jovens engenheiros, estilistas, publicistas e outros criativos”, descreve o fundador.
O gosto pela arquitectura começou a manifestar-se claramente durante a adolescência de Jeff Choi, fruto da apetência pelo desenho e da construção de modelos. Hoje, para além de trabalhar na “Top Builders Group”, já criou o seu próprio ateliê, para projectos mais pessoais. Numa cidade em Macau, que está em mudança urbanística contínua, o arquitecto constata que “há muitas oportunidades para os arquitectos, visto que os projectos não ficam limitados ao papel”. Segundo recorda, nos tempos da administração portuguesa havia menos oportunidades para os arquitectos. Mas o novo cenário não implica, na opinião de Jeff, que tenham que haver excessivos receios em relação aos perigos de eventual descaracterização da cidade: “O Executivo considera o planeamento urbano como muito importante. Por isso , é necessário aumentar o conhecimento nesta disciplina para ir ao encontro dos requisitos de conservação do património. Isto porque as construções dos casinos são de grandes dimensões quando comparadas com os edifícios do centro histórico. É possível conciliar o desenvolvimento com a manutenção do estilo tradicional de Macau.”
Até agora, a única temporada que Jeff Choi passou fora de Macau aconteceu durante os seus estudos universitários, em Pequim. No futuro, o arquitecto só considera a possibilidade de sair da RAEM se for para continuar a estudar arquitectura, por forma a poder “construir mais”. O trajecto deste empreendedor leva-nos a pensar que podemos estar perante um político em potência. Algo que o próprio não coloca nos seus horizontes mais próximos. “Pretendo ficar em Macau, terra de que gosto muito, para contribuir com as minhas capacidades para a sociedade. Farei o meu melhor para ser um arquitecto e manterei uma voz pública quanto ao planeamento urbano e a preservação do património.”
Paralelamente à associação e ao trabalho, Jeff Choi gosta de ir acompanhando a actividade politica e os grandes projectos que se preparam para a cidade. Sempre tendo em conta que “os jovens arquitectos devem ter preocupações em termos de responsabilidade social”.
(Texto:P.B.; Foto: António Falcão)
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