Escutas do CJ
OS colhões pra ir ao mar
[escritor/historiador]"Portugal é como aquele gajo que andou a foder pelo mundo fora e que não se responsabiliza pelos seus filhos, que os abandona. Não temos noção do património cultural que espalhámos pelo mundo. É que nós não fomos como os outros, nós fizemos uma miscigenação e criámos o mulato, nós civilizámos. Nós misturámo-nos, os outros não, foram apenas impor os seus valores, chacinar se fosse preciso e fazer negócio. Foda-se, andamos agora de perna aberta para a Europa e eles tratam-nos como se fossemos uns atrasados, quando fomos nós os primeiros a dar o mundo à Europa, fomos nós que tivemos os colhões para nos fazermos ao mar, fomos nós os primeiros a trazer riqueza para a Europa
[à parte do angolano]...não é de perna aberta, Portugal está de cu virado para a Europa, a ser enrabado à força toda
[escritor/historiador] é que Portugal, em vez de andar a pedir esmolas à Europa...
[à parte do angolano]...filhos da puta
[escritor/historiador]...devia aliar-se ao mundo que inventou na América, na Ásia, na África. Repito: foram os portugueses que tiveram os colhões para ir para o mar em cascas de noz e dobrar o adamastor. Tenho orgulho nessa merda."
Por outras palavras:
Os vossos, mores cousas atentando,
Novos mundos ao mundo irão mostrando.
«Fortalezas, cidades e altos muros
Por eles vereis, filha, edificados;
Os Turcos belacíssimos e duros
Deles sempre vereis desbaratados;
Os Reis da Índia, livres e seguros,
Vereis ao Rei potente sojugados,
E por eles, de tudo enfim senhores,
Serão dadas na terra leis milhores.
«Vereis este que agora, pressuroso,
Por tantos medos o Indo vai buscando,
Tremer dele Neptuno de medroso,
Sem vento suas águas encrespando.
Ó caso nunca visto e milagroso,
Que trema e ferva o mar, em calma estando!
Ó gente forte e de altos pensamentos,
Que também dela hão medo os Elementos!
«Vereis a terra que a água lhe tolhia,
Que inda há-de ser um porto mui decente,
Em que vão descansar da longa via
As naus que navegarem do Ocidente
Toda esta costa, enfim, que agora urdia
O mortífero engano, obediente
Lhe pagará tributos, conhecendo
Não poder resistir ao Luso horrendo.
[escritor/historiador]"Portugal é como aquele gajo que andou a foder pelo mundo fora e que não se responsabiliza pelos seus filhos, que os abandona. Não temos noção do património cultural que espalhámos pelo mundo. É que nós não fomos como os outros, nós fizemos uma miscigenação e criámos o mulato, nós civilizámos. Nós misturámo-nos, os outros não, foram apenas impor os seus valores, chacinar se fosse preciso e fazer negócio. Foda-se, andamos agora de perna aberta para a Europa e eles tratam-nos como se fossemos uns atrasados, quando fomos nós os primeiros a dar o mundo à Europa, fomos nós que tivemos os colhões para nos fazermos ao mar, fomos nós os primeiros a trazer riqueza para a Europa
[à parte do angolano]...não é de perna aberta, Portugal está de cu virado para a Europa, a ser enrabado à força toda
[escritor/historiador] é que Portugal, em vez de andar a pedir esmolas à Europa...
[à parte do angolano]...filhos da puta
[escritor/historiador]...devia aliar-se ao mundo que inventou na América, na Ásia, na África. Repito: foram os portugueses que tiveram os colhões para ir para o mar em cascas de noz e dobrar o adamastor. Tenho orgulho nessa merda."
Por outras palavras:
Os vossos, mores cousas atentando,
Novos mundos ao mundo irão mostrando.
«Fortalezas, cidades e altos muros
Por eles vereis, filha, edificados;
Os Turcos belacíssimos e duros
Deles sempre vereis desbaratados;
Os Reis da Índia, livres e seguros,
Vereis ao Rei potente sojugados,
E por eles, de tudo enfim senhores,
Serão dadas na terra leis milhores.
«Vereis este que agora, pressuroso,
Por tantos medos o Indo vai buscando,
Tremer dele Neptuno de medroso,
Sem vento suas águas encrespando.
Ó caso nunca visto e milagroso,
Que trema e ferva o mar, em calma estando!
Ó gente forte e de altos pensamentos,
Que também dela hão medo os Elementos!
«Vereis a terra que a água lhe tolhia,
Que inda há-de ser um porto mui decente,
Em que vão descansar da longa via
As naus que navegarem do Ocidente
Toda esta costa, enfim, que agora urdia
O mortífero engano, obediente
Lhe pagará tributos, conhecendo
Não poder resistir ao Luso horrendo.
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