AQUELE que, para mim, é o melhor cronista e escritor espanhol da actualidade - Javier Marias - fala dos vícios que conduziram à actual crise.
Etiquetas: Crónica
I saw the best minds of my generation destroyed by madness, starving hysterical naked,(...)who poverty and tatters and hollow-eyed and high sat up smoking in the supernatural darkness of cold-water flats floating across the tops of cities contemplating jazz ,who wandered around and around at midnight in the railroad yard wondering where to go, and went,leaving no broken hearts,who lounged hungry and lonesome through Houston seeking jazz or sex or soup
Etiquetas: Crónica
2 Comentários:
Também me agradam muito as crónicas do J. Marías (aliás, tem um excelente livro de crónicas sobre desporto e sobre o Real Madrid, clube de que é adepto fervoroso, como eu). Tal como também apreciei os livros dele que tive a oportunidade de ler.
Quanto a esta crónica... Já desde os Romanos que pão e circo (hoje em dia mais circo que pão) davam garantias aos poderosos de se manterem no poder. Por algum motivo os nossos governos (a crónica aplica-se perfeitamente a Portugal) fecharam sempre os olhos aos exageros dos empréstimos para consumo, ao absurdo da construção imobiliária e aos "pobres" com dívidas por aquisição de produtos supérfluos. Quando algumas vozes se levantaram contra estas realidades, rapidamente foram silenciadas. Lembro, por exemplo, que nos anos 90 Cavaco Silva quis alterar o calendário para evitar "pontes" e "anular" o carnaval (uma festividade que, exceptuando alguns lugares de Bragança, não têm tradição em Portugal). Lembro também que criticar os 10 estádios do euro, hoje maioritariamente às moscas e ainda por pagar, era atacar um "desígnio nacional" (corriam os tempos Guterres / Sócrates). E para todos estes projectos, havia sempre os economistas que dissertavam a favor, ignorando o senso comum de que fala Marías.
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Epa, já pareço aqueles cromos que escrevem dissertações nos comentários das notícias da Bola. Vou parar. O J. Marías já disse tudo, mesmo.
Um abraço
"E para todos estes projectos, havia sempre os economistas que dissertavam a favor, ignorando o senso comum de que fala Marías" - Isto é que resume tudo, meu caro. As opções dos economistas feitas para ir ao encontro de interesses corporativos ou obscuros, e não a bem do país. E contra o mais razoável dos bons sensos.
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