extinguem-se lenta muito lentamente
HÁ quem saiba imaginar
e quem não haja sonhado
Há por aí “velhinhos” que, por não terem ousado
se agrupam à roda de mesas de jardim
e, jogando, matam o tempo que os dilacera
fogem das mulheres reumáticas, um copo de três pró caminho
e lerpam cada vaza a um tostão
(não dá p’ra mais a pensão)
Enchem-se de brio na denúncia dos batoteiros
“Assim não! Arreio jogo e não pago a despesa!”
não toleram quem não leve a sério a jogatina
“Mas p’ra que é que vai à espada?! P’ra que é que vai à espada?!”
ficam tristes quando chove
e têm que se recolher nos beirais
Extinguem-se lenta muito lentamente
À noite, com as copas na mão
regressam às neuróticas mães
aos chinelos e à televisão
jantam os restos do almoço
engolem os comprimidos prá tensão
talvez ainda se masturbem
e rezam para que amanhã nasça bonito
e quem não haja sonhado
Há por aí “velhinhos” que, por não terem ousado
se agrupam à roda de mesas de jardim
e, jogando, matam o tempo que os dilacera
fogem das mulheres reumáticas, um copo de três pró caminho
e lerpam cada vaza a um tostão
(não dá p’ra mais a pensão)
Enchem-se de brio na denúncia dos batoteiros
“Assim não! Arreio jogo e não pago a despesa!”
não toleram quem não leve a sério a jogatina
“Mas p’ra que é que vai à espada?! P’ra que é que vai à espada?!”
ficam tristes quando chove
e têm que se recolher nos beirais
Extinguem-se lenta muito lentamente
À noite, com as copas na mão
regressam às neuróticas mães
aos chinelos e à televisão
jantam os restos do almoço
engolem os comprimidos prá tensão
talvez ainda se masturbem
e rezam para que amanhã nasça bonito
Etiquetas: Poesia
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