Temos craque
NATURAL da Ilha do Maio, o cabo-verdiano Alison Brito Agues é hoje um dos goleadores do futebol macaense. Depois de se ter sagrado campeão na época passada ao serviço do Monte Carlo, este ano pretende ajudar o Futebol Clube do Porto de Macau a continuar a sua trajectória ascendente. E os resultados iniciais indicam que temos craque: Alison marcou 10 golos em apenas três jogos.
Com 24 anos, o jovem saiu do seu arquipélago natal apenas com 19 anos. Veio para Macau para estudar Economia, beneficiando de uma bolsa de estudo. O futebol já era uma paixão desde os tempos de Cabo Verde, quando passava a maior parte do seu tempo na cidade da Praia, capital da Ilha de Santiago, próxima da “sua” minúscula Ilha do Maio, que tem apenas cerca de cinco mil habitantes. Em Cabo Verde jogava apenas para diversão, com os amigos. Mas dava nas vistas e foi convidado para jogar mais a sério. Os pais convenceram-no a concentrar-se nos estudos e a dada prioridade à escola deu frutos.
Conseguiu obter uma bolsa de estudo e veio para a RAEM juntamente com outros três colegas bolseiros, adaptando-se com alguma facilidade. “Há uma comunidade cabo-verdiana que já está cá desde os anos 80. Não tive dificuldade em integrar-me, havia pessoal amigo que já cá está há mais tempo e que me deu algumas orientações”, conta.
E foi em Macau que o bichinho do futebol atingiu maiores proporções. Antes de ir para o Monte Carlo, começou por participar em jogos universitários e nos torneios dos Jogos da Lusofonia, que opõem equipas oriundas dos vários países de língua oficial portuguesa.
O convite para se juntar à equipa que se viria a sagrar vencedora do campeonato de Macau surgiu nos Jogos da Lusofonia, quando um responsável do Monte Carlo cobiçou a sua técnica futebolística.
Jogou apenas um ano naquela equipa, antes da confusão administrativa que se arrasta até hoje e que levou o Monte Claro a ser excluído da competição e a interpor uma providência cautelar para suspender a prova. Convidado pelo advogado Adelino Coreia, Alison escolheu agora juntar-se ao Futebol Clube do Porto de Macau. A equipa compete na segunda divisão e, segundo os seus responsáveis, o grande objectivo a alcançar consiste na manutenção. Mas o desempenho da equipa está a ser muito positivo e Alison já ambiciona mais: “Os resultados têm sido muito bons e se continuarmos desta forma vamos aspirar à subida”, diz o avançado.
Por enquanto, para além do futebol, Alison trabalha no supermercado Gourmet, onde é responsável pela etiquetagem, pela actualização de preços, pela introdução dos códigos de barra e pelo licenciamento dos produtos importados.
Se tudo lhe correr bem, o futebolista que também gosta de música e de dançar – ou não fosse cabo-verdeano – pretende continuar por Macau. “Não estou a pensar em voltar, por enquanto. Tenho saudades de África, mas como tirei o curso há pouco tempo ainda não tenho experiência profissional e isso é algo que posso ir ganhando aqui. Talvez mais tarde volte para Cabo Verde, ou vá para a Europa. Já estive umas semanas em Portugal e gostei, há uma grande comunidade africana lá.”
PB
Com 24 anos, o jovem saiu do seu arquipélago natal apenas com 19 anos. Veio para Macau para estudar Economia, beneficiando de uma bolsa de estudo. O futebol já era uma paixão desde os tempos de Cabo Verde, quando passava a maior parte do seu tempo na cidade da Praia, capital da Ilha de Santiago, próxima da “sua” minúscula Ilha do Maio, que tem apenas cerca de cinco mil habitantes. Em Cabo Verde jogava apenas para diversão, com os amigos. Mas dava nas vistas e foi convidado para jogar mais a sério. Os pais convenceram-no a concentrar-se nos estudos e a dada prioridade à escola deu frutos.
Conseguiu obter uma bolsa de estudo e veio para a RAEM juntamente com outros três colegas bolseiros, adaptando-se com alguma facilidade. “Há uma comunidade cabo-verdiana que já está cá desde os anos 80. Não tive dificuldade em integrar-me, havia pessoal amigo que já cá está há mais tempo e que me deu algumas orientações”, conta.
E foi em Macau que o bichinho do futebol atingiu maiores proporções. Antes de ir para o Monte Carlo, começou por participar em jogos universitários e nos torneios dos Jogos da Lusofonia, que opõem equipas oriundas dos vários países de língua oficial portuguesa.
O convite para se juntar à equipa que se viria a sagrar vencedora do campeonato de Macau surgiu nos Jogos da Lusofonia, quando um responsável do Monte Carlo cobiçou a sua técnica futebolística.
Jogou apenas um ano naquela equipa, antes da confusão administrativa que se arrasta até hoje e que levou o Monte Claro a ser excluído da competição e a interpor uma providência cautelar para suspender a prova. Convidado pelo advogado Adelino Coreia, Alison escolheu agora juntar-se ao Futebol Clube do Porto de Macau. A equipa compete na segunda divisão e, segundo os seus responsáveis, o grande objectivo a alcançar consiste na manutenção. Mas o desempenho da equipa está a ser muito positivo e Alison já ambiciona mais: “Os resultados têm sido muito bons e se continuarmos desta forma vamos aspirar à subida”, diz o avançado.
Por enquanto, para além do futebol, Alison trabalha no supermercado Gourmet, onde é responsável pela etiquetagem, pela actualização de preços, pela introdução dos códigos de barra e pelo licenciamento dos produtos importados.
Se tudo lhe correr bem, o futebolista que também gosta de música e de dançar – ou não fosse cabo-verdeano – pretende continuar por Macau. “Não estou a pensar em voltar, por enquanto. Tenho saudades de África, mas como tirei o curso há pouco tempo ainda não tenho experiência profissional e isso é algo que posso ir ganhando aqui. Talvez mais tarde volte para Cabo Verde, ou vá para a Europa. Já estive umas semanas em Portugal e gostei, há uma grande comunidade africana lá.”
PB
Etiquetas: Jornalismo, Macau, Pessoas
1 Comentários:
chamam-lhe o jardel da taipa!
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