10 anos de Lux
O Lux Frágil, capital das noites de bom gosto em Lisboa, está a comemorar os 10 anos com 10 grandes festas. Para dar exemplos, hoje há Dezperados e amanhã Yen Sung convida Sam the Kid para a pista do bar e em baixo pôem música o Zé Pedro Moura e o Dexter.
O Manuel Reis (dono do espaço) teve a ideia de começar a publicar um jornal mensal com as novidades do Lux e artigos assinados por amigos da casa com queda para a escrita. No primeiro número, Catarina Portas fala das alegrias da dança e da fornicação:
Por entre entrevistas a DJ's que costumam passar pela casa, Isilda Sanches faz um resumo da década no Lux:
Vítor Belanciano, por sua vez, fala de um engate que deu para o torto:
O Manuel Reis (dono do espaço) teve a ideia de começar a publicar um jornal mensal com as novidades do Lux e artigos assinados por amigos da casa com queda para a escrita. No primeiro número, Catarina Portas fala das alegrias da dança e da fornicação:
"De onde vem o redemoinho? Em que paisagem nasce ele, o futuro furacão? [pois sim, tive uma t-shirt que dizia 'el ninõ take me with you' e poderia ser uma boa farda para dançar). Existem condições metereológicas propícias, a lua possante e inquietante não passa de mero pretexto e décor conveniente. A meteorologia sentimental, essa é que é ela. Pode acontecer quando sentimos que nos apaixonamos, pode suceder quando nos baralhamos, até pode dar-se quando celebramos. Pode simplesmente ser a vontade de respirarmos.
Nessas noites, corremos toda a cidade. Procuramos um albergue musical, uma cabana calorosa, uma clareira nocturna. E quando a realidade se compadece com as nossas ânsias, chegamos lá. No recreio da escola, quando jogávamos à apanhada, existia um canto onde ninguém nos conseguia apanhar nem nos podia tocar. Chama-se 'o coito'. Mais tarde aprendemos-lhe outro significado mas a ideia é sempre a mesma: um lugar onde existe a possibilidade de nos salvarmos e onde podemos saborear o seu prazer exultante. Em plena cumplicidade,a liberdade."
Por entre entrevistas a DJ's que costumam passar pela casa, Isilda Sanches faz um resumo da década no Lux:
"A música foi sempre o que me levou ao Lux. O que sempre nos levou e ainda leva. (...) Fui ao site contar os nomes que passaram pelo Lux desde que abriu. Desisti no final de 1999, em Tin 'Love' Lee, quando percebi que já ia no 64.º... não é preciso fazer as contas a todos os que vieram para chegar à conclusão de que os 10 anos de Lux também são 10 anos de contacto directo com os melhores DJ's, produtores, bandas e projectos, aompanhando o fluxo criativo e as suas curvas."
Vítor Belanciano, por sua vez, fala de um engate que deu para o torto:
"Perdi-te. Irremediavelmente. Para sempre. Custa aceitar. Por agora ainda sinto intacto os teus lábios quando te beijei na varanda do Lux. Os teus ombros quando os acariciei pouco depois em tua casa. O sentimento de exaltação, vivido na minha varanda quando regressei a casa pela manhã e te enviei um SMS. A tua mão sobre a minha no cinema Londres, no Indie Lisboa, dias depois de te ter beijado. A felicidade da tarde contigo na loja do cidadão e numa repartição algures na Avenida da República nem sei para fazer o quê, desde que fosse contigo.(...)"
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