29.6.12

I went to the woods because I wished to live deliberately, to front only the essential facts of life, and see if I could not learn what it had to teach, and not, when I came to die, discover that I had not lived. I did not wish to live what was not life, living is so dear; nor did I wish to practise resignation, unless it was quite necessary. I wanted to live deep and suck out all the marrow of life, to live so sturdily and Spartan-like as to put to rout all that was not life, to cut a broad swath and shave close, to drive life into a corner, and reduce it to its lowest terms, and, if it proved to be mean, why then to get the whole and genuine meanness of it, and publish its meanness to the world; or if it were sublime, to know it by experience, and be able to give a true account of it in my next excursion.”

Henry David Thoreau in Walden

28.6.12

s joão


s joão, originally uploaded by BARBOSA BRIOSA.

20.6.12









TORONTO (AP) — It was a chilling photograph that came to symbolize the horrors of the Vietnam War and, ultimately, helped end it.
It also saved the life of Kim Phuc, who was just 9 years old when, on June 8, 1972, her village was attacked by south Vietnamese planes.
Phuc, who lives near Toronto with her family, honored those who saved her at a dinner Friday to celebrate the 40th anniversary of the iconic photograph. They include AP photographer Huynh Cong "Nick" Ut, who snapped the shot, as well as other journalists, doctors and nurses who helped her get help and who treated her injuries.
Ut, who was 21 at the time, heard Phuc's screams as she ran down the road to escape her burning village, and snapped the photo that became famous around the world.
The Vietnamese photographer then drove the badly burned child to a small hospital, where he was told she was too far gone to help. He flashed his American press badge, demanded that doctors treat the girl and left assured that she would not be forgotten.
"I'm so grateful he was there," Phuc said. "He helped me and rushed me to the nearest hospital. He saved my life. He's my hero. This opportunity tonight I want to honor all of my personal heroes."
Ut said he cried when he saw her running. He said if he didn't help and she died he would have killed himself. He knew right way this picture was different and said veteran photo editor, Horst Faas, deemed it the most the iconic photo of the Vietnam war.
"It changed the war. I met so many American soldiers who said 'Nicky because of your picture I'll get to go home early,'" he said.
In the Pulitzer Prize-winning image, children run screaming from a burning Vietnamese village. The little girl in the center of the frame, Phuc, is naked and crying, her clothes and layers of skin melted away by napalm.
A few of days after the image shocked the world, a number of British journalists including Christopher Wain, a correspondent for the British Independent Television Network who had given Phuc water from his canteen and drizzled it down her burning back at the scene, fought to have her transferred to the American-run hospital. It was the only facility in Saigon equipped to deal with her severe injuries.
"When we found in her in the British hospital it was in very un-sterile conditions," Wain said Friday. "I asked one of the nurses how she was and the nurse looked at her and said, 'Oh, she'll die maybe tomorrow or maybe next day.' It was obvious it was very urgent."
Martha Arsenault, a nurse who cared for her at the American hospital, said when Phuc got to the American hospital nobody thought she'd make it.
"Everybody, the doctors, they all thought she wouldn't because she was just so burnt," she said.
Arsenault said the photo reminds her of how just awful war is.




Wain said he still feels slightly concerned for Phuc because she has had to relive the traumatic experience all her life. He said the picture is one of the most iconic war photos of all time.

15.6.12

"O bem-vindo ópio", crónica do grande Javier Marias, que analisa (com aquela lucidez melancólica que o caracteriza) o futebol que nos sai da TV afora.

11.6.12

INSIGHT: Health care: No joking matter

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8.6.12

BOOK about Maoism presented at the Portuguese Bookshop: Mao’s followers “not able to cut the tree branch where they are seated

5.6.12

"NO tempo do capitalismo que já nos parece arcaico tínhamos as caras dos Rotschild, etc., para responsabilizar. Mas há muito que os rostos que nos surgem como responsáveis são robôs de si mesmos. Não são os donos da força que passa por eles. A História humana está sem sujeito, a não ser esse, mais perigoso do que os tiranos ou as nações que quiseram hegemonizar as outras, porque é um domínio sem figuras. O poder está encerrado no fluxo financeiro que domina o mundo."
Eduardo Lourenço, em entrevista à Visão

4.6.12

EXCERTOS de uma excelente entrevista feita pelo Carlos Picassinos ao arquitecto Manuel Vicente, que sabe cantar (no sentido 'milleriano' do termo):



Disse que chegou a Macau com uma grande vontade de trabalhar um “pato bravo”.
Eu cheguei com uma grande vontade de real, para além da convenção da escola arquitectónica, para além do que o arquitecto devia fazer ou não. Esta espécie de selvagização, o neologismo não é famoso, do direito de cidade, como o jazz que ganha direito de cidade quando era uma música dos excluídos busca uma democratização do estético, do plástico, artístico. Acabar com essas exclusões do high brow e do low brow. Agora a cantora de ópera também canta Beatles, entende? Queria alargar a respiração, pôr o peito ao vento e ao sol e acabar com o espartilhos da burguesia da idade industrial.

Como é que trabalhou este discurso em Macau?
Procurando o vulgar e encontrando o poético escondido. Olhar sem cair naquela coisa do ‘ai que horror, os chineses metem grades em todo o lado!’ Era tentar perceber que havia ali escolhas e era importante perceber esses sinais com que as pessoas iam configurando o mundo. Mas isto na Europa… sei lá, o senhor fidalgo das terras do século XVIII olhava para as aldeias que hoje se vendem aí nos cartazes turísticos como uma imundície horrível, não valorizava aquilo, nem as próprias pessoas que lá viviam porque se comparavam com o castelo, não é! Ou seja, é preciso perceber que há mais mundo do que o que se convenciona aceitar, ou dignar-se olhar para. Não ficar a olhar para o pitoresco, ou olhar o pitoresco pelo menos a dizer ‘olhem como este selvagens são capazes de fazer não sei o quê…”. Achar que toda a expressão de um gosto ou de uma vontade de configuração é estimável.

Falou também de uma religiosidade no seu trabalho com os materiais, do hibrido…
Há quem diga que eu sou pós-colonial porque já não venho com aquela postura de colono que quando vai, vai ensinar alguma coisa àqueles selvagens. Eu tento perceber o que aquelas pessoas sabem, os seus fantasmas, os seus gostos, o cruzamento de culturas mas nesse sentido… sei lá, a relação com o sagrado, a obsessão com a morte que os camponeses têm, a obsessão com o jogo que é a encenação dessa morte, o jogo da vida, o acaso, a sorte, como aquele filme do [Michael] Cimino “O Caçador” e a roleta russa que é um ritual muito intenso, como são os combates de galos das Filipinas. Não é um divertimento, as pessoas levam aquilo muito a sério.

Mas ainda é possível encontrar essa contemporaneidade ou as mudanças foram tão acentuadas que se perdeu um pouco?
É sempre especial e diferente. Mesmo que seja uma cópia de Las Vegas, é sempre diferente, e Las Vegas é diferente de Macau. Para mim, nunca nada está perdido. As pessoas de Macau estão todos os dias a construir diferenças. Nunca tive nostalgia de Macau. Cheguei em 1962 e havia aquela Praia Grande, e depois nos anos 70 deitaram aquelas casas abaixo… É a mesma coisa de quando olhamos para aquelas fotografias de criança quando tinhamos cabelos loiros, ou quando estamos a fazer músculo na juventude. Ficamos é com grande estima com o processo da vida. Eu fico com mais curiosidade do que nojo! Importa mais o esplendor da vida. Também ninguém gostava dos arranha-céus de Nova Iorque, ou de Chicago, e depois a geração seguinte incorporou aquilo no seu gosto. Mas aquilo só podia ser feito na América, nunca na Europa, porque ali havia um território mais livre, mais desocupado, e isso também fazia as mentes mais livres, com mais desejos, a realidade não era tão normativa. O que eu digo é que nos temos deixar penetrar por novos modos de olhar, outras formas de dizer as coisas. Quer dizer, não se escreve da mesma maneira depois da literatura americana do Miller, ou do Scott Fitgerald. De repente, abriu-se o espaço da escrita, e no cinema também foi a mesma coisa.

(...)

Nestas ausências e presenças, em Macau ou em Lisboa, considera-se um outsider no meio da arquitectura portuguesa?
Sempre achei isso engraçado. Tinha um aluno meu no Técnico que os pais eram imigrantes açorianos nos Estados Unidos e, por uma razão qualquer de afecto com Portugal, mandaram-nos estudar um ano no Técnico. Eu chamava-lhe o luso-português. Realmente, a nossa cultura deve mais aos luso-portugueses do que aos portugueses. Como o Eça que era um português exilado, ou o Jorge de Sena, e o próprio Saramago que acabou lá naquela ilha de Lanzarote, nas Canárias, e o Camões. Este país é capaz de ser um pouco auto-fágico, pequeno demais, as pessoas concentram-se em pequenos conflitos e não criam distancias e é preciso criar distâncias para depois vir mais livre, desafogado, redescobrir as maravilhas, olhar para a costa atlântica ou para o Alentejo, com um olhar mais largo, menos cego de conflitualidade, porque aqui é difícil não estar sempre envolvido num conflito qualquer… Mas Portugal também é muito cruel em receber os luso-portugueses, como este pobre ministro que esteve no Canadá. Ninguém lhe perdoa isso! (risos)

E o Manuel Vicente é um luso-português?
Sou, sim. Sou um exemplo muito acabado disso mesmo. É difícil encaixar-se. É muito irritante. É-se sempre um intruso. É sempre difícil regressar a Portugal. Há sempre o estigma, ‘este tipo não é dos nossos’. Em Macau, é o mesmo. Mas esta frequentação do estrangeiro choca um pouco o indígena. É sempre um pouco segregado por mais simpáticas que as pessoas sejam. Vive-se sempre no meio de rejeições, que às vezes são estruturantes, nos pequenos ódios lusitanos de que é feito o nosso dia-a-dia neste cantinho. Sei lá, é a nossa condição. Mas o mundo também é ainda muito tribal, de certa maneira.

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